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quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Garotas do ABC

Eu não cheguei a contar aqui, mas quando eu fui assistir ao filme "Super Size Me" no cinema do Baiano, alguns problemas técnicos rolaram. Para compensar deram uma cortesia para assistir a qualquer outro filme no circuito de arte. Pois bem, o prazo era de 15 dias. Então eu tinha que assistir algum filme essa semana. Devido aos horários eu tinha as opções: "Olga" ou "Garotas do ABC", ambas nacionais. Resolvi ir conferir o tal do "Garotas do ABC".

O filme é mais uma prova do quanto o cinema nacional é uma farsa. Esse filme nem é do esquema atual da Globo Filmes, atores de novela coisa e tal. O único ator conhecido é Selton Mello, que também é um dos produtores do filme. O que era pra ser uma crítica ou análise social acaba indo para lugar nenhum. Tudo soa forçado, não existe nenhuma naturalidade.

A "sinopse" do filme: "No ABC de São Paulo, região de fábricas têxteis e metalúrgicas, um grupo de operárias vive seu cotidiano de intenso trabalho, sonhos e ilusões. Entre elas, destaca-se Aurélia "Schwarzenneger", operária negra, bela e atrevida, que adora homens fortes e musculosos (inclusive é fã do Arnold, por isso o apelido-sobrenome). Ela namora Fábio, jovem enturmado em um grupo neonazista, liderado pelo jovem advogado Salesiano de Carvalho (Selton Mello)."

Rola até uma participação musical, ninguém menos que Fafá de Belém! Pense numa coisa "trash"! Inacreditável! Eu não conseguia acreditar no que se passava na tela.

A conclusão final do filme é a seguinte: "todo brasileiro tem sangue mulato" (aparece essa frase na tela). Gênio! Para depois ainda sermos coroados com mais uma performance musical de Fafá de Belém acompanhada de outro cara lá chamado Zé Ricardo. Encerramento com chave de ouro. Isso tudo depois de eu ter aguentado mais de 2 horas de filme. E ainda fiquei revoltado ao saber que na verdade o filme teria mais de 3 horas duração mas foi feita essa "versão comercial" com apenas 2 horas e 10 minutos. Caralho!

Eu vou parar por aqui porque se for ficar relatando aqui todas as coisa bizarras do filme, esse texto vai ficar tão grande que eu ninguém vai ter saco de ler.

Mas eu ainda não desisti do cinema brasileiro. Hoje ainda vou conferir a mais nova pérola chamada "A dona da história", estrelada por Rodrigo Santoro, Marieta Severo e "grande elenco" pois ganhei convites no Ibahia para pré-estréia hoje. E ainda pretendo ir assistir o tal do "Redentor". Para depois não falarem que eu tenho preconceito contra filme nacional. Não posso fazer nada de a maioria dos filmes nacionais são bizarros. A regra é clara!

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