propaganda

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

Cidade Baixa

O filme “Cidade Baixa” vem para mostrar o quanto o cinema nacional pode mostrar algum valor, sem ser apenas uma filme com cara de novela feita pela Globo. E não é só isso, mostra que o cinema pode ser feito em outros lugares fora do eixo Rio - São Paulo, ou então do Sul do país. Agora nós temos um filme baiano, filmado aqui em Salvador, com boa parte do elenco e da produção locais.

O responsável por isso é o diretor baiano Sérgio Machado, que fez filmes como “Madame Satã” e o documentário “Enquanto onde a terra acaba”. Ele recrutou os atores Lázaro Ramos e Wagner Moura, que conseguiram destaque no cenário nacional tanto no cinema quanto na televisão. Completa o trio principal a atriz Alice Braga.

A história, como o próprio nome diz, se passa na Cidade Baixa. Ela mostra o triângulo amoroso vivido pela dupla de melhores amigos Deco (Lázaro) e Naldinho (Wagner) com a garota de programa e stripper Karinna (Alice Braga). A trama é bastante simples, mas a maneira como ela é desenvolvida é bastante interessante, de maneira bastante verossímil.

Alias, a verossimilhança é algo muito importante para a qualidade do filme. Os diálogos, as atuações, tudo é feito para mostrar o cenário, a Cidade Baixa, da maneira mais real possível. Não é por tanto que o público baiano ao assistir o filme acaba dando risada da sua própria maneira de falar e suas gírias, bastante diferente da maneira como geralmente é retratada na televisão nas novelas.

Somente uma coisa me incomodou bastante no filme, o excesso de closes. Ele foi todo filmado com filmadora digital e com câmera na mão. Certas cenas acabam ficando um pouco confusas por estarem próximas demais dos atores. Isso não chega a comprometer a qualidade do filme, mas incomoda em alguns momentos.

No mais só resta dar os parabéns pela realização desse filme, e que outros trabalhos de qualidade sejam feitos aqui na Bahia e que isso sirva para mostrar o potencial aqui para o cinema e também que é possível fazer bons filmes aqui no Brasil.

Nenhum comentário: