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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Cine Holliúdy

Título Original: Cine Holliúdy (Brasil, 2013)
Com: Edmilson Filho, Falcão, Fiorella Mattheis, Haroldo Guimarães, Angeles Woo, Ary Sherlock, Bolachinha, Fernanda Callou, Jesuíta Barbosa, João Netto, Joel Gomes, Jorge Ritchie, Karla Karenina, Márcio Greyck, Miriam Freeland, Rainer Cadete e Roberto Bomtempo
Direção e Roteiro: Halder Gomes
Roteiro:
Duração: 91 minutos


Nota: 4 (ótimo)

O filme “Cine Holliúdy” é uma comédia nostálgica e 
cheia de peculiaridades sobre o amor ao cinema . Trata-se de uma produção cearense com legendas em português. E qual o motivo das legendas? Simples: para que o “dialeto” local seja melhor entendido e o público que não é local consiga acompanhar as falas. Afinal de contas, o Brasil é um país enorme e é normal que cada região tenha suas próprias gírias.

Sua estreia no Ceará no dia 9 de Agosto foi arrasadora! Com apenas 9 cópias o filme foi visto por quase 23 mil pessoas e teve uma média de 2.555 espectadores por sala. Isso foi suficiente para colocá-lo no top 10 dos filmes mais vistos no país com arrecadação de R$ 268 mil. No último dia 30 de Agosto estreou em Salvador (onde eu assisti) e Aracaju, e a previsão de estreia no resto do país é no dia 11 de Outubro.

A história é inspirada na vida do diretor Halder Gomes que morou no interior do Ceará e adorava os filmes de kung-fu. Em 2004 ele realizou um curta chamado “Cine Holliúdy – O Astista Contra o Caba do Mal”, que ganhou vários prêmios e acabou gerando o longa-metragem.
Iremos acompanhar Francisgleydisson (Edmilson Filho), um nome típico cearense (risos), que junto com sua esposa e seu filho mudam de cidade para continuar seu sonho que é exibir filmes. A trama se passa nos anos 70, época em que as televisões coloridas começam a se popularizar e ameaçar a vida dos cinemas.

Além dessa família, iremos conhecer os outros moradores da cidade que são umas figuras. Do prefeito que quer se aproveitar da inauguração do novo cinema para se promover a um ceguinho que também não quer perder a sessão. Halder consegue muito bem construir as figuras típicas do interior com seu sotaque autêntico e brincar muito bem com os estereótipos.

O elenco não conta com muito nomes conhecidos, fora alguns comediantes do Ceará como o cantor brega Falcão, mas é muito bom. Eles são muito carismáticos e conseguem transmitir bem a autenticidade necessária para construir os personagens que apesar de caricatos tem verossimilhança.

Vale citar mais outra peculiaridade. O diretor era professor de Taekwondo e o ator Edmilson Filho era um de seus alunos. Os 2 são amigos de longa data. Então se explica a paixão dos 2 pelas artes marciais e pelos filmes do gênero. E Edmilson mostra não só talento como ator e comediante com muito carisma como também um ótimo lutador mostrando um pouco da sua técnica no filme.
O resultado é um ótimo filme que apesar de pequenos problemas diverte bastante e se destaca por fugir do formato televisivo da maioria das comédias nacionais de atualidade e por ser um produto totalmente brasileiro (mais especificamente cearense), mas com uma mensagem internacional que qualquer um que goste de cinema irá entender e apreciar. Afinal de contas o cinema já enfrentou diversos “concorrentes”  (televisão, DVD, TV por assinatura e atualmente a Internet), mas continua vivo e sempre se adaptando.

Um comentário:

Tucha disse...

O filme me "ganhou" pela originalidade, na contra-mão do cinema brasileiro que segue o formato globo de fazer rir. Claro que tem os limites tecnicos, mss mantem o espectador atento e sorridente o tempo todo.