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sexta-feira, 2 de maio de 2014

O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro

Título Original: The Amazing Spider-Man 2 (EUA , 2014)
Com: Andrew Garfield, Emma Stone, Jamie Foxx, Dane DeHaan, Colm Feore, Sally Field, Paul Giamatti, Campbell Scott e Felicity Jones
Direção: Marc Webb
Roteiro: Alex Kurtzman, Roberto Orci e Jeff Pinkner
Duração: 142 minutos

Nota: 3 (bom)

Confesso que não gostei de “O Espetacular Homem-Aranha” e estava totalmente sem interesse na continuação. Mas a “obrigação nerd” falou mais alto e resolvi ir conferir. Acabei me surpreendendo com o resultado positivo apesar dos problemas, principalmente na história envolvendo os pais de Peter Parker que continuam em “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro”. O problema principal do primeiro filme era mostrar novamente a origem do herói sem trazer nenhuma novidade ou algo de novo em relação a trilogia de Sam Raimi.


O grande trunfo dessa nova safra de filmes do Homem-Aranha é o carisma dos atores Andrew Garfield e Emma Stone, respectivamente Peter Parker e Gwen Stacy. Os 2 são bem fofos, ainda mais por serem um casal na vida real, e lembram os bons momentos do diretor Marc Webb em filmes românticos no seu “500 dias com ela”. A versão “descolada” de Parker ficou forçada, mas ele como o Aranha funciona por conseguir retratar bem o bom humor e as piadas do personagem.
A Sony está usando os vilões que não foram usados nos filmes de Raimi na tentativa de soar diferente. Então o vilão da vez é o Electro, interpretado por Jamie Foxx. A construção do personagem ficou bem mais ou menos. Em alguns momentos soa bem exagerado e caricato. E na parte final ele acaba ficando em 2º plano. Temos também Harry Osbourne (Dane DeHaan) que não é novidade, mas aparece pela 1ª vez na nova safra. Ele até não compromete, mas a amizade dele com Peter soa um pouco forçada e não tem tempo de ser desenvolvida direito.

As cenas de ação são um pouco melhores e a câmera em 1ª pessoa é usada um pouco melhor, mas por pouco tempo. Ainda assim os efeitos especiais em alguns momentos soam bem artificiais. Continuando na parte técnica, o 3D mais uma vez não acrescenta muita coisa. Já a trilha sonora me chamou bem a atenção, principalmente nas partes envolvendo o Electro. Uma mistura de música eletrônica com música clássica que ficou bem legal.

Os problemas, como falei no início, tem a ver principalmente com a trama. A história envolvendo os pais de Parker é bem bizarra. Não pelo fato de não ter a ver com os quadrinhos, mas por ser ruim mesmo. Agora o que continua incomodando são as coincidências extraordinárias como por exemplo o fato de papai Parker estar estudando as aranhas e o seu filho ser picado por elas. Isso acaba soando pouco verossímil e prejudica bastante a narrativa.

Apesar dos problemas aqui a coisa funciona melhor justamente por não precisar mais apresentar o personagem principal e por finalmente conseguir soar como uma nova aventura do Homem-Aranha sem precisar ficar tentando ser diferente fazendo a mesma coisa dos filmes de Raimi.
A parte do desfecho do filme é muito boa por conseguir um tom dramático bem interessante e corajoso. Só não souberam aproveitar o momento certo para terminar o filme, que inclusive é um pouco longo e as vezes perde tempo com coisas sem necessidade. O bizarro foi terminar (um leve SPOILER, bem pequeno mesmo) com o Aranha brigando com o vilão do próximo filme. Aí não né!

obs: A Sony fez um acordo com a Fox porque o diretor Marc Webb tinha contrato com a Fox para um filme e o liberou em troca de propaganda grátis , então antes do filme temos o trailer de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” e nos créditos temos um trecho de uma cena da nova aventura mutante. Achei até estranho que os mais desavisados podem ficar sem entender do que se trata (risos) ou achar que teremos um filme com as 2 franquias, o que não seria uma má idéia. 

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Concordo contigo em muitos aspectos, inclusive no caso do Peter Parker ser descolado demais e o Homem Aranha de Garfield ser bem interessante.

Eu particularmente fiquei, na maior parte do tempo, um pouco entediado com esses draminhas de Parker.

Tem uma cena realmente muito corajosa e que, se bem aproveitada, pode resultar em filmes melhores daqui pra frente