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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Sob a Pele

Título Original: Under the Skin (Reino Unido , 2013)
Com: Scarlett Johansson, Jeremy McWilliams, Lynsey Taylor Mackay, Dougie McConnell, Kevin McAlinden e D. Meade
Direção: Jonathan Glazer
Roteiro: Walter Campbell e Michel Faber
Duração: 108 minutos

Nota: 4 (ótimo)

A melhor palavra para descrever “Sob a Pele” é estranho. O filme recebeu destaque na mídia por trazer a protagonista Scarlett Johansson nua. Bom, quem for assistir pensando apenas nisso com certeza vai se decepcionar. Melhor ficar com as fotos do filme que foram divulgadas antes do lançamento do filme. 


O diretor Jonathan Glazer fez um filme que é bem diferente dos padrões que estamos acostumados. Ele não usa muito diálogos e não explica tudo que está na tela com detalhes. O objetivo é criar uma experiência mais sensorial com imagens e sons. Dessa forma ele sempre deixa o espectador curioso para saber o que realmente está acontecendo o que ele quis dizer com determinadas passagens. Em alguns momentos me lembrou um pouco o estilo dos filmes de David Lynch (Império dos Sonhos), só que Lynch tem um tom mais “bizarro” e “surreal”.

No filme iremos acompanhar uma mulher bonita e misteriosa (Johansson) que está em busca de homens solitários. Aparentemente ela se “alimenta” deles. E durante essa “caça” temos uma visão do mundo, mais precisamente o interior da Escócia, sob o ponto de vista da personagem que tenta entender esse “mundo estranho” enquanto nós tentamos entender qual o objetivo dela. O filme não deixa claro a origem dela, então ela pode ser uma alienígena, demônio, ou qualquer coisa que você queira imaginar. Tentar explicar mais do que isso pode prejudicar as “surpresas” do filme. 

Jonathan Glazer mostra mais uma vez que não é diretor interessado em fazer filmes comuns. O outro filme que assisti dele chamado “Reencarnação”, estrelado por Nicole Kidman, trazia a polêmica ao mostrar uma mulher que encontrava um menino de 10 anos que dizia ser seu marido. 

Aqui ele faz mais uma vez um filme que é uma experiência muito estranha e diferente. Com certeza não irá agradar a todos e sem dúvidas não é para o grande público. Na minha sessão algumas pessoas levantaram e foram embora durante a exibição. O ritmo mais lento e os poucos diálogos com certeza irão espantar os mais impacientes e interessados em filmes mais “convencionais”.
O final não é tão impactante quanto eu esperava e ainda fiquei um pouco martelando o filme na minha cabeça após o final da sessão tentando processar a experiência e saber se tinha gostado ou não. Mas depois cheguei a conclusão que tinha gostado e que a “graça” do filme está no seu interior e nas suas entre linhas.

2 comentários:

Marcio Melo disse...

Engraçado, eu não fiquei martelando nada, o final eu achei massa e bem condizente com o rumo que a trama seguiu, no final é uma história bem simples se vc for analisar apesar de todas as 'nuances' sensoriais.

Gostei bastante do filme e realmente quem for ao cinema apenas a senhorita Scarllet pelada é melhor ficar mesmo com as imagens da internet (que inclusive dá para "analisar" com mais calma hahahaha)

Tucha disse...

Gente o filme é bizarro...