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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Noite sem Fim

Título Original: Run All Night (EUA, 2015)
Com: Liam Neeson, Joel Kinnaman, Common, Ed Harris, Boyd Holbrook e Vincent D'Onofrio
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro: Brad Ingelsby
Duração: 114 minutos

Nota: 3 (bom)

É muito interessante ver Liam Neeson consolidado como protagonista de filmes de ação. Ele se junta mais uma vez ao diretor Jaume Collet-Serra (Sem Escalas) em "Noite sem Fim" e mostra que apesar de não ser mais jovem ainda consegue ter força para estrelar um filme do gênero. 


O filme não se arrisca muito e fica no básico. Seu principal diferencial é o elenco. Além de Neeson, ainda temos outro “veterano”: Ed Harris (Marcas da Violência). O “novato” Joel Kinnaman (Robocop) completa o elenco principal. A atuação deles e a premissa envolvendo família já garantem a qualidade do resultado final. Some isso com boas cenas de ação com lutas e tiros, pronto, temos um bom filme policial e de ação.

A trama envolve família, bandidos, polícia e ética. Jimmy Conlon (Neeson) tem uma vida amargurada pagando pelas escolhas erradas que fez na vida. Ele trabalhava e é amigo de Shawn Maguire, um gângster que agora tenta viver de negócios legais. Conlon era tipo um matador de aluguel. Mas o conflito entre eles surge por causa de seus filhos. 

Danny Maguire (Boyd Holbrook) quer seguir os passos do pai, mas fora da lei como ele fazia antigamente. Ele acaba se metendo numa confusão com traficantes e Mike Conlon (Kinnaman), que ganha a vida como motorista de limusine e não tem contato com o pai, acaba presenciando. Danny decide matar Mike, mas Jimmy acaba matando-o. Obviamente que Shawn não fica nada feliz e manda seus capangas atrás dos 2. Pai e filho terão apenas uma noite para tentar resolver essa confusão que também irá envolver a polícia, que também tem os honestos e os corruptos.

A premissa do filme é interessante e essa questão envolvendo família, pai e filho,  escolhas erradas e amizade é muito boa. Infelizmente o roteiro acaba resolvendo os conflitos nem sempre do melhor jeito. Poderia se aprofundar um pouco mais em algumas questões, mas mesmo assim acaba funcionando bem como um filme policial e de ação básico. O elenco acaba fazendo a diferença, mas as cenas de lutas e tiros são boas, prezando mais pelo realismo sem muito exagero. 

A edição em alguns momentos tenta “estilizar” sem muita necessidade e sem acrescentar muito na narrativa, como por exemplo mostrar o deslocamento da câmera de um ponto para outro como se estivéssemos usando o Google Maps. Mas felizmente são poucos momentos que não prejudicam o filme.
O fato de existir um “prazo” para as coisas se resolverem da um certo tipo de urgência e garante um bom ritmo a narrativa, mas acaba prejudicando um pouco na parte “dramática” da história e os conflitos acabam se resolvendo de maneira muito superficial. Mas como ele compensa com um bom elenco e boas cenas de ação o resultado acaba sendo bastante satisfatório.

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