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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Ricki and the Flash: De Volta Pra Casa

Título Original: Ricki and the Flash (EUA, 2015)
Com: Meryl Streep, Kevin Kline, Mamie Gummer, Audra McDonald, Sebastian Stan e Rick Springfield
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: Diablo Cody
Duração: 101 minutos

Nota: 4 (ótimo)

Os grandes trunfos do filme “Ricki and the Flash: De Volta Pra Casa” são as músicas e presença de Meryl Streep. Melhor ainda, a atriz interpreta a vocalista e guitarrista de uma banda de rock que abandonou a família em busca do sonho da música. O diretor Jonathan Demme, de “Filadélfia” e “Silêncio dos Inocentes” pega o roteiro de Diablo Cody, de “Juno”, e faz um filme que mistura comédia, drama familiar e música usando muitos clichês e apostando mais no carisma de sua protagonista.


A presença de Meryl Streep já é motivo suficiente para valer assistir o filme. Ela sempre surpreende com sua versatilidade e já tinha mostrado talento como cantora. Aqui ela teve que se preparar e aprender a tocar guitarra. Todas as cenas e músicas foram executadas de verdade pela banda, que inclusive conta com a ilustre presença de Rick Springfield (lembram de “Jersey girl”?). Ele já teve outras experiências como ator então acabou sendo ideal para o papel que exigia ser músico e um pouco de ator.

Ricki (Streep), nome artístico de Linda, ganha a vida como caixa de supermercado e a noite tocando num pequeno bar com sua banda. Como falei no início, ela abandou a família em troca pela música. O sucesso nunca veio, mas ela parece feliz e não arrependida das escolhas que vez. Ela tem 3 filhos, 2 homens e 1 mulher, e justamente a filha está com problemas após um divórcio traumático. Então o pai e ex-marido de Ricki, interpretado por Kevin Kline, entra em contato pedindo para que ela volte pra casa para ajudar.

Entramos então nos clichês de dramas familiares. O que não falta são ressentimentos dos filhos com a escolha da mãe. Conflitos são construídos e alguns resolvidos de forma meio superficial. Isso acaba sendo um dos problemas do filme. O roteiro as vezes parece perdido em qual tom seguir: se é um drama familiar tenso ou um musical, com foco nas performance da banda de Ricki. Aí a culpa fica na conta de Diablo Cody.

Felizmente o diretor tinha o ás na manga: Meryl Streep. E ela com seu carisma e incrível talento carrega o filme para um patamar mais alto conseguindo superar os problemas com mais uma excelente atuação e também como uma ótima cantora. As partes da banda tocando ao vivo sem dúvidas são as mais divertidas e legais do filme. O restante do elenco também não faz feio e influenciado por Streep entrega boas atuações. Destaques para Kevin Kline e surpresa para Rick Springfield. Mas vale ressaltar também a presença da atriz Mamie Gummer, que é filha de Streep também na vida real. Pena que seu personagem acabe aparecendo pouco e seus conflitos acabem sendo deixado um pouco de lado.
Ainda que de forma superficial o filme toca em um ponto interessante sobre a questão familiar no caso da mãe que se afasta da família. O machismo da questão ainda existe até hoje e a mulher é julgada de maneira muito maior que o homem. Isso rende inclusive uma boa piada no filme envolvendo Mick Jagger. E me fez lembrar também do filme “Ninfomaníaca”. Mesmo com problemas e potencial de ser bem melhor, o resultado ainda assim é muito bom, principalmente pelos 2 pontos já apontados: Meryl Streep e as músicas.

2 comentários:

Tucha disse...

Concordo com vc. O roteiro compromete um pouco, a a fantástica Mery salva com seu talento e a boa música.

Marcio Melo disse...

Tanto filme para ver que acabei deixando esse passar. Daqui uns 2 anos aparece na Netflix Brasil. Quem sabe lá hehee