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sábado, 2 de julho de 2016

Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos (Warcraft)

Produzir uma adaptação do mundo dos videogames para o cinema é sempre um grande desafio. Em geral, o resultado é decepcionante. Felizmente, em “Warcraft - o Primeiro Encontro de Dois Mundos”, o diretor e roteirista Duncan Jones conseguiu fazer um filme interessante, apesar de alguns problemas. Ele já havia demonstrado muito talento em seus trabalhos anteriores: “Lunar” e “Contra o Tempo”.

Meu único contato com o jogo de videogame Warcraft  foi quando o jogo foi lançado, em 1994, chamado “Warcraft: Orcs & Humans”. A tarefa dos roteiristas Duncan Jones e Charles Leavitt de criar uma narrativa linear, adaptada para duas horas de cinema, não deve ter sido fácil. O roteiro cai em alguns clichês que envolvem histórias medievais fantásticas, algo como “O Senhor dos Anéis”, e soa um pouco genérico. Entretanto, isso não prejudica o filme como um todo.

Na trama do longa metragem, o mundo dos Orc está sendo destruído por uma força misteriosa. A saída é invadir o dos homens com a ajuda de um portal aberto por Gul’dan (Daniel Wu). A energia para gerar o portal é drenada de corpos humanos. Para manter a sobrevivência de seu povo, o orc Durotan (Toby Kebbell) busca fazer uma aliança com os homens e conta com a ajuda da mestiça Garona (Paula Patton). No lado humano, o rei  Llane (Dominic Cooper) pede ajuda do guerreiro Lothar (Travis Fimmel), do mago Khadgar (Ben Schnetzer) e do Guardião (Ben Foster).
A  história parece complicada e, apesar de apresentar muita informação como ambientação e personagens, o roteiro é compreensível. É interessante notar o cuidado com o desenvolvimento dos personagens que se sobressaem na história. Mas também existem  momentos que certas frases de efeito simplesmente não funcionam e alguns momentos cômicos que não são engraçados. Mas no geral a trama é boa e reserva algumas boas surpresas e reviravoltas.

O elenco não ajuda muito com a falta de carisma e química entre os atores Travis Fimmel e Paula Patton. O primeiro falha totalmente em ser o herói da história e os dois juntos não convencem como par romântico. Entre os destaques positivos ficam com Dominic Cooper, cujo personagem tem o melhor momento do filme. Toby Kebbell e Daniel Wu  fazem um ótimo trabalho com a captura de movimento ao dar vida a seus personagens digitais.
Falando em personagens digitais, o grande destaque positivo do filme fica por conta dos efeitos visuais. A criação do universo e dos personagens em computação gráfica é impressionante e em muitos momentos até é possível esquecer que eles não são reais. O 3D começa bem e funciona em muitos momentos com o uso da profundidade. Entretanto, após um tempo, começa a incomodar com a mudança constante do foco que gera dor de cabeça para quem está assistindo.

Mesmo com alguns problemas no roteiro, clichês e alguns atores sem carisma, o diretor Duncan Jones conseguiu produzir um bom filme. O longa impressiona nos efeitos visuais e tem uma história satisfatória que cumpre como um bom entretenimento.

* Texto revisado por Elaine Andrade

Título Original: Warcraft (EUA, 2016)
Com: Travis Fimmel, Paula Patton, Ben Foster, Dominic Cooper, Ruth Negga, Ben Schnetzer, Toby Kebbell, Clancy Brown, Daniel Wu e Anna Galvin
Direção: Duncan Jones
Roteiro: Duncan Jones e Charles Leavitt
Duração: 123 minutos

Nota: 3 (bom)

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