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segunda-feira, 24 de janeiro de 2005

Closer - Perto Demais

Como você definiria um relacionamento perfeito? Será que a resposta para tudo isso é apenas a sinceridade? É possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo? O que leva alguém a arriscar um relacionamento perfeito e trair, correndo o risco de perder a pessoa que ama e que ama a ela? Esses são alguns dos temas mostrados no filme “Perto Demais” (Closer), o mais novo filme do diretor Mike Nichols (“A primeira noite de um homem” e “Quem tem medo de Virgina Wolf?”).

A história é baseada na peça de Patrick Marber, que também escreveu o roteiro do filme. Assim como numa peça teatral o foco principal do filme são os diálogos. Uma boa estratégia de edição é usada para valorizar ainda mais diálogos, a passagem de tempo não é explicita no filme. Sendo assim, ao cortar de uma cena para outra pode ter se passado um dia ou um ano. Para se ter idéia do que realmente aconteceu só esperando as falas serem ditas pelos personagens.

A trama envolve quatro personagens: Dan (Jude Law), Alice (Natalie Portman), Anna (Julia Roberts), e Larry (Clive Owen), todos interessantes e complexos. O filme mostra seus encontros inesperados, paixões instantâneas e desencontros. Contar mais sobre os personagens pode acabar estragando um pouco dessas surpresas de como eles se conhecem.

Com o desenvolver da trama, conhecendo os personagens um pouco mais de perto, é possível presenciar um pouco da “desgraça” humana e seus relacionamentos amorosos. As coisas mais “absurdas” saem das bocas dos personagens e o pior de tudo muito realistas. Impossível não ver um pouco de si mesmo no filme. Pensar sobre as coisas absurdas que você já foi capaz de dizer ou que já ouviu das pessoas.

Os destaques das atuações ficam por conta de Clive Owen e Natalie Portman. Os seus respectivos personagens são os mais interessantes da história. Não é a toa que eles ganharam o Globo de Ouro por ator e atriz coadjuvante. É até meio injusto classificar seus papéis como coadjuvantes. Jude Law está bem como sempre e Julia Roberts mostra uma atuação competente que não se via desde “Erin Brockovich”.

O filme pode ser classificado como um “drama de amor”, uma história de temática adulta e interessante. Com certeza deve ter algumas indicações ao Oscar.

Falando em Oscar, nesta terça (25/01) serão divulgados os indicados.

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