O filme “Crash – No Limite” estreou aqui no Brasil no final de Outubro e ficou pouco tempo em cartaz. Depois da indicação ao Oscar de melhor filme, ele ganhou uma nova chance nos cinemas antes de sair em video. Foram ao todo seis indicações: roteiro original, trilha sonora, edição, direção (Paul Haggis), melhor ator coadjuvante (Matt Dillon), além de melhor filme.
Paul Haggis é roteirista e ficou conhecido por seu trabalho no filme “Menina de Ouro” e inclusive foi indicado ao Oscar. Essa é a sua estréia na direção. Alias, roteiristas que viram diretores não é nenhuma novidade. O diretor Stephen Gaghan do filme “Syriana” foi roteirista do filme “Traffic”, mas esse filme é papo para um próximo texto.
O filme conta a história de vários personagens que acabam se cruzando de alguma maneira. Uma fábula urbana que se passa em Los Angeles, mas que poderia se passar em qualquer cidade grande. Um dos personagens diz logo no início “as pessoas em Los Angeles passam na rua e não se falam, eventualmente elas acabam encontrando uma maneira de se esbarrar (ou crash, do título do filme)”. Na verdade o primeiro “crash” do filme é uma batida de carro. É mais ou menos esse o clima da trama. Um personagem pode ser um “malvado” em determinada situação, mas em outra ele é o “bonzinho”. É assim no mundo real, não é possível julgar as pessoas por determinadas ações isoladas. No meio desse caos urbano tem a violência, preconceito racial, desigualdade social, e muitos outros temas que são abordados.
Esse estilo de filme lembra muito o de outros cineastas como Robert Altman (Short Cuts – Cenas da Vida) e Paul Thomas Anderson (Magnólia). A diferença fica na abordagem dos personagens. Enquanto Altman e Anderson falam mais sobre as coincidências da vida, numa parte mais “filosófica”, Haggis mostra mais o lado humano, ou o quanto o ser humano é uma “desgraça”.
Além de um bom roteiro, o que torna esse filme mais interessante é o elenco. Várias estrelas e bons atores estão presentes. Alguns já reconhecidos por suas boas atuações como Don Cheadle, que foi indicado ao Oscar de melhor ator ano passado pelo filme “Hotel Ruanda”. Outros que tem talento, mas parecem não escolher muito bem os seus filmes, como Brendan Fraser. Já outros fizeram de tudo para conseguir uma vaguinha, o caso de Sandra Bullock. Completam o elenco Ryan Philippe, Thandie Newton e Jennifer Esposito.
Quem acabou ganhando maior destaque foi o ator Matt Dillon, que acabou sendo indicado ao Oscar de ator coadjuvante pelo seu papel. Inclusive devido ao fato do filme ter tantos personagens e nenhum necessariamente poder ser classificado como principal, a indicação acabou sendo como coadjuvante. Não sei se realmente ele poderia ser o grande destaque de atuação do filme, mas sim, sua atuação é muito boa. Ele andava meio em baixa e aceitando papéis em filmes como “Herbie um fusca turbinado”. Essa é sua primeira indicação ao prêmio e com certeza ajudou na revitalização de sua carreira.
Paul Haggis é roteirista e ficou conhecido por seu trabalho no filme “Menina de Ouro” e inclusive foi indicado ao Oscar. Essa é a sua estréia na direção. Alias, roteiristas que viram diretores não é nenhuma novidade. O diretor Stephen Gaghan do filme “Syriana” foi roteirista do filme “Traffic”, mas esse filme é papo para um próximo texto.
O filme conta a história de vários personagens que acabam se cruzando de alguma maneira. Uma fábula urbana que se passa em Los Angeles, mas que poderia se passar em qualquer cidade grande. Um dos personagens diz logo no início “as pessoas em Los Angeles passam na rua e não se falam, eventualmente elas acabam encontrando uma maneira de se esbarrar (ou crash, do título do filme)”. Na verdade o primeiro “crash” do filme é uma batida de carro. É mais ou menos esse o clima da trama. Um personagem pode ser um “malvado” em determinada situação, mas em outra ele é o “bonzinho”. É assim no mundo real, não é possível julgar as pessoas por determinadas ações isoladas. No meio desse caos urbano tem a violência, preconceito racial, desigualdade social, e muitos outros temas que são abordados.
Esse estilo de filme lembra muito o de outros cineastas como Robert Altman (Short Cuts – Cenas da Vida) e Paul Thomas Anderson (Magnólia). A diferença fica na abordagem dos personagens. Enquanto Altman e Anderson falam mais sobre as coincidências da vida, numa parte mais “filosófica”, Haggis mostra mais o lado humano, ou o quanto o ser humano é uma “desgraça”.
Além de um bom roteiro, o que torna esse filme mais interessante é o elenco. Várias estrelas e bons atores estão presentes. Alguns já reconhecidos por suas boas atuações como Don Cheadle, que foi indicado ao Oscar de melhor ator ano passado pelo filme “Hotel Ruanda”. Outros que tem talento, mas parecem não escolher muito bem os seus filmes, como Brendan Fraser. Já outros fizeram de tudo para conseguir uma vaguinha, o caso de Sandra Bullock. Completam o elenco Ryan Philippe, Thandie Newton e Jennifer Esposito.
Quem acabou ganhando maior destaque foi o ator Matt Dillon, que acabou sendo indicado ao Oscar de ator coadjuvante pelo seu papel. Inclusive devido ao fato do filme ter tantos personagens e nenhum necessariamente poder ser classificado como principal, a indicação acabou sendo como coadjuvante. Não sei se realmente ele poderia ser o grande destaque de atuação do filme, mas sim, sua atuação é muito boa. Ele andava meio em baixa e aceitando papéis em filmes como “Herbie um fusca turbinado”. Essa é sua primeira indicação ao prêmio e com certeza ajudou na revitalização de sua carreira.
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