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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A Árvore da Vida

Título Original: The Tree of Life (EUA , 2011)
Com: Brad Pitt, Sean Penn, Joanna Going, Fiona Shaw, Pell James, Crystal Mantecon, Jessica Chastain, Lisa Marie Newmyer, Jennifer Sipes, Tamara Jolaine e Jackson Hurst
Direção e Roteiro: Terrence Malick
Duração: 139 minutos

Nota: 3 (bom)

O diretor Terrence Malick tem uma carreira bastante peculiar. Em mais de 30 anos como cineasta esse é apenas seu 5º filme. O único que eu assisti foi “Além da linha vermelha”, do qual gosto bastante. Em “A Árvore da Vida” ele faz mais um trabalho pouco convencional, cheio de filosofia e belas imagens que irá fazer com que alguns amem e outros odeiem. Digamos que eu tenha ficado no meio termo.

A história começa quando uma os pais interpretados por Brad Pitt e Jessica Chastain recebem a notícia da morte de um dos seus 3 filhos. O centro da história é Jack, o mais velho, que é mostrado na infância (interpretado por Hunter McCracken) e mais velho (interpretado por Sean Penn). A partir daí começa uma viagem em busca do sentido da vida que volta ao começo do universo e depois volta para explorar a infância de Jack que ainda sofre com isso em sua vida adulta.

A parte filosófica era de se esperar, afinal de contas Malick é formado em filosofia e também foi professor do assunto. Muitas leituras podem ser feitas sobre filme, principalmente na parte da “origem da vida”.

Inclusive eu gosto muito dessa parte do filme. As imagens são realmente impressionantes e bem interessantes. Como Malick é um cara tradicional que não gosta de computadores, ele convocou o supervisor de efeitos especiais Douglas Trumbull, responsável pelo clássico “2001 – uma odisséia ao espaço” e que trabalhava desde “Blade Runner”, outro clássico, de 1982.

O principal problema do filme é o roteiro. Muitos temas e muitos elementos são apresentados, mas muita coisa não é bem explorada e não tem o efeito desejado. Por exemplo, a morte do filho é citado no início e depois é totalmente esquecido.

Outro exemplo é a parte do presente onde Jack é interpretado por Sean Pean. Ela é muito mal explorada. Até o próprio ator admitiu não ter entendido sua parte dentro do filme, mas ele também reclama da narrativa não-convencional que ao meu ver não prejudica o filme.

A versão inicial do filme tinha 8 horas e parece que talvez uma versão com 6 seja lançada em dvd e blu-ray. Talvez dentro desse material os temas acabem ganhando uma abordagem mais completa, mas aí também é tempo demais para isso. Dentro das mais de 2 horas de duração isso poderia ter sido contemplado.

O resultado é um bom filme, mas que poderia ter rendido algo bem melhor. Vale pela coragem de Malick em continuar com seu cinema fora dos padrões, mesmo que em alguns momentos ele soe meio datado dos anos 70 com uma trilha sonora e clima new age. As belas imagens e o tom poético e filosófico são interessantes, pena que os temas abordados na história acabem não sendo tão bem explorados.

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Eu fico imaginando essa versao de 6 horas, quem teria saco para ver? Eu ja sai do cinema cansado.

No geral também gostei, mas não é um filme que eu ande recomendando pra todo mundo não