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quinta-feira, 1 de setembro de 2005

Oldboy

Um homem comum é seqüestrado e mantido em cativeiro por 15 anos sem que seus seqüestradores estejam interessados em resgate. Nesse período ele fica em companhia de um tv onde ele descobre que sua mulher foi assassinada e ele foi acusado do crime. Depois desse tempo ele é solto sem motivo aparente e então vai atrás de vingança e também saber o motivo de ter sido preso. O desenvolver da história é feito para dar a mesma sensação do personagem de estar desnorteado, perdido e tentado achar algum sentido na situação, se é que ela existe.

Essa é a trama de “Oldboy”, filme coreano do diretor Park Chan-Wook. Esse é seu quinto longa-metragem, e o segundo com a temática vingança (que será uma trilogia). O filme começou a fazer sucesso internacionalmente depois de vencer o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes do ano passado. Foi então que ele Park começou a ser comparado com Quentin Tarantino por causa do estilo de narração utilizado e também por causa do uso da violência. Eu não diria que parece tanto assim, talvez lembre um pouco.

Cenas de ação com um certo humor e outras bem chocantes se alternam, ambas com uma intensidade bem interessante. São cenas de violência tanto física quanto psicológica. Alias, como é marca dos filmes orientais, algumas cenas de ação têm uma coreografia bem elaborada. É bom estar preparado para algumas cenas bem fortes.

A história foi baseada em uma mangá de Minegishi Nobuaki e Tsuchiya Garon. Com certeza ou uso gráfico da violência foi baseada mais de acordo com os quadrinhos.

É até difícil definir qual seria o gênero do filme. Um pouco de aventura, romance, psicanálise, ou como o próprio diretor do filme falou que pensou muitas vezes que estavam fazendo na verdade um western à sua própria maneira.

Depois desse filme eu tento imaginar o quanto mais “brutal” devem ser os outros filmes de Park sobre vingança. O anterior (“Sympathy for M. Vengeance”) acho que nunca passou aqui pelo Brasil, mas eu já estou tratando de baixar na Internet.

Ao ser perguntando sobre essa obsessão pelo tema vingança, ele respondeu: “Porque a vingança ainda é vista como tabu pela sociedade, e acho interessante que o cinema mostre aquilo que não pode ser mostrado e exprima aquilo que devemos reprimir em nosso cotidiano”. Gênio!

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