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quarta-feira, 31 de maio de 2006

X-Men: o confronto final

A saga dos X-Men nos cinemas chega a sua terceira parte com “X-Men: o confronto final”, que pode ser chamado simplesmente de X-Men 3. O que não faltaram foram problemas na produção. A começar pela saída do diretor Bryan Singer que foi seduzido a assumir a cadeira de diretor no “Superman: O retorno”. E ele ainda levou com ele uma parte da equipe técnica. Inclusive ele gostaria de dirigir também o X-Men 3 após terminar o trabalho com o Superman, mas a Fox preferiu levar o projeto sem ele. Para o seu lugar foi convocado o diretor Matthew Vaughn, do filme “Nem tudo é o que parece”. Mas ele saiu do projeto faltando nove semanas para o inicio das filmagens. Então foi convocado em cima da hora o diretor Brett Ratner (“Dragão Vermelho” e “A hora do Rush”), que por coincidência foi um dos que passou pelo projeto do filme do Superman. Para acalmar os fãs, logo começaram a anunciar o nome dos novos mutantes que iriam aparecer nesse novo capítulo. Então sempre surgiam novas notícias sobre personagens que iriam entrar ou não na série.

Assumindo a direção tão em cima da hora, ficaria a dúvida do quanto o diretor Brett Ratner teria de poder para dar ao filme a sua cara. Então foi seguida a “cartilha” criada nos dois primeiros e o visual foi mantido. Agora no lugar da emoção e na caracterização dos personagens, foi colocada cenas de ação. Então o que aparece na tela é um monte de “bonecos” (personagens), sendo que muitos são novos. A duração do filme é muito curta, o que faz com que o roteiro acabe não dando conta de tantos personagens dentro da história.

Alguns bonecos antigos do filme, como por exemplo Ciclope, acabam sendo limados da trama de maneira desastrosa. Se bem que nesse caso específico acho que foi sacanagem do estúdio, já que o ator foi junto com Singer para fazer parte do elenco de Superman. Em compensação outro “boneco” ganha mais importância, e bastante merecida, que é Tempestade vivida pela atriz Halle Berry. Ela inclusive tinha ameaçado sair da produção caso seu personagem não tivesse a atenção merecida, que não tinha tido nos dois primeiros filmes. Dentre os novos “bonecos”, o mais inútil acaba sendo o Anjo. Pelo menos o Fera acabou sendo importante e ganhou também um papel de destaque.

Agora o que todos esperavam ao final do segundo filme era o surgimento da Fênix. Esse talvez seja o “boneco” mais decepcionante desse novo X-Men. Seu papel dentro do filme é totalmente inexpressivo. Um grande desperdício, já que era para ela ser o grande atrativo dessa nova história.

Um filme relativamente curto (algo em torno de 1 hora e 40 minutos, quase meia hora a menos que o segundo) acaba não dando conta de tanto “boneco”. Então se não da para desenvolver direito os personagens, então investiram em cenas de ação, para poder mostrar os poderes tantos dos novos quanto dos “bonecos” antigos. Então o filme vai passando, a história vai sendo desenvolvida, e nesse meio tempo “bonecos” são descartados e outros vão surgindo. Quando menos se espera, o conflito é resolvido e o filme acaba. É tudo muito rápido e na tora.

O resultado final não é um filme ruim, mas bastante abaixo em relação aos dois primeiros, que tinham crescido em qualidade do primeiro para o segundo. Parece que esse é o fim da série, ou como andam dizendo por aí, final da trilogia. Mas com o sucesso que o filme está fazendo nas bilheterias, fica difícil afirmar que esse realmente vai ser o último. Dizem que já existem planos para filmes de “bonecos” solos, no caso um do Wolverine e outro do Magneto. Vamos aguardar para ver o que vai acontecer.

Vale lembrar que depois dos créditos do filme, tem uma cena “escondida”.

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