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sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

O Castelo Animado

Título Original: Hauru no ugoku shiro (2004)
Elenco: Akihiro Miwa, Chieko Baisho, Ryunosuke Kamiki,Takuya Kimura e Tatsuya Gashuin
Diretor: Hayao Miyazaki
Duração: 119 minutos

O filme “O castelo animado” é o mais novo filme de Hayao Miyazaki, que ficou conhecido aqui no ocidente depois do sucesso do excelente “A viagem de Chihiro”, além de ter ganho o Oscar de melhor animação. Lá no Japão, sua terra natal, ele é extremamente popular.

Infelizmente como a política das distribuidoras de filmes aqui no Brasil é que se é desenho logo o público alvo é infantil, então só foram disponibilizadas cópias dubladas. Sendo assim tive que esperar o lançamento em dvd para poder conferir, que aconteceu no meio desse ano. Se de português para inglês muita coisa já se perde na dublagem, quanto mais dublando do japonês.

Para quem acha que a animação tradicional está com os dias contados, Miyazaki prova que não ao ter usado o computação gráfica apenas em algumas cenas que ficariam muito caras para serem feitas de maneira tradicional. A maior parte é desenhada manualmente, sendo que uma parte por ele mesmo, apesar de já estar com 64 anos.

A história é adaptada de um romance britânico escrito por Diana Wynne Jones. Nela iremos acompanhar a história de Sophie, uma jovem que trabalha numa chapelaria e acaba conhecendo o mágico Hauru. Acontece que um bruxa fica com ciúme e resolve colocar um feitiço nela, transformando-a numa velha. Ela então resolve ir atrás do mágico e acaba indo trabalhar em seu castelo mágico, onde irá conhecê-lo melhor, sem contar a ele sobre quem ela realmente é.

Além de falar sobre o relacionamento entre Sophie e Hauru (lado romântico), ainda somos apresentados a um universo cheio de personagens interessantes. A trama se passa na Europa na época da revolução industrial misturada com um mundo de fantasia no qual o mágico se rebela por não querer continuar ajudando na guerra, numa crítica bem ao tema. A seriedade no qual ele toca nessa tema é bem interessante.

O belo e fantástico visual é marca do diretor japonês, além do estilo de narrativa um pouco diferente das animações ocidentais. Quem assistiu Chihiro sabe do que eu estou falando e já tem uma idéia de como funciona o universo dele.

As crianças daqui que sofrem (ou não) por ter que agüentar mais do mesmo todo ano de filmes de Didi, Xuxa e coisas do tipo, é bom de vez em quando ter uma opção diferente. Não que o filme seja voltado somente para o público infantil como alguns podem achar (e como as distribuidoras acham), é para todas as idades. Um filme bonito, inteligente, sem precisar apelar para referências pop para agradar os adultos ou ofender a inteligência do público, principalmente o infantil.

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