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sábado, 26 de dezembro de 2009

Confissões de uma Garota de Programa

Título Original: The Girlfriend Experience (EUA, 2009)
Com: Sasha Grey, Chris Santos e Glenn Kenny
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: David Levien e Brian Koppelman
Duração: 78 minutos


Nota: 3 (bom)

O diretor Steven Soderbergh já ganhou Oscar pelo filme “Traffic” e tem filmes de sucesso como a série “11 homens e um segredo”. Mas o que chama mais atenção em sua filmografia é o experimentalismo, ou seja, filmes fora dos padrões “convencionais”. Esse é o caso de “Confissões de uma Garota de Programa”.

A grande atração do filme é a protagonista Sasha Grey, famosa atriz pornô. Em seu primeiro papel fora da indústria do entretenimento adulto ela mostra ter algum talento para atuação. Sua personagem mistura bem cinismo e carisma, além de bastante sensualidade mesmo o filme não tendo cenas de sexo.

Alias, essa é uma das coisas que pode decepcionar aqueles que conhecessem a carreira de Sasha nos filmes eróticos. Mas talvez tenha sido uma decisão acertada do diretor não utilizar desse recurso. Quer ver a garota em “ação”, então melhor ir atrás dos seus outros filmes.

Sasha vive Chelsea, uma garota de programa de luxo, mas o serviço que ela oferece é diferente. Ela é uma espécie de namorada de aluguel. Seus clientes não querem simplesmente sexo, querem alguém para conversar, falar sobre seus problemas coisa e tal. A idéia é proporcionar a experiência de uma namorada, daí o título original em inglês.

Soderbergh usou câmeras digitais e também edição fragmentada fora da ordem normal da narrativa construindo a história e os personagens como uma espécie de quebra-cabeças. Esse recurso torna o filme um pouco mais “maduro” e lembra outros trabalhos dele como “Sexo, mentiras e videotape”. Além disso, o elenco formado por não atores deixam ainda mais com clima de cinema independente.

O mais interessante do filme é que a história é ambientada nas vésperas da última eleição americana e com isso a trama retrata bem a época de crise e incertezas da sociedade americana, principalmente a classe alta. No meio dessa situação todos estão com medo e pensam no seu futuro profissional, no caso aqui uma garota de programa de luxo.

O resultado é um bom filme, mas que talvez peque um pouco pela falta de emoção na história. Talvez o excesso de experimentalismo e clima de filme independente possa incomodar alguns.

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Achei ele razoavelmente bom. Já procurou assistir a algum 'trabalho' anterior de Sasha Gray? Ela tem "talento" hehehe