Garbage é uma de minhas bandas favoritas e tive a sorte de conseguir vê-los ao vivo pela 3ª vez. A primeira foi em 2012 no Festival Planeta Terra e a segunda foi em 2016 em uma turnê solo. Dessa vez eles retornam ao Brasil trazendo a banda L7 para abrir os shows da turnê pelo país, passando por Curitiba e Rio de Janeiro. No show em São Paulo tivemos também o grupo The Mönic, mas infelizmente não cheguei a tempo de vê-las ao vivo.
O show ocorreu no Terra SP, espaço que normalmente não costuma ter eventos de rock. É uma casa pequena, mas tinha uma boa acústica. Mesmo ficando longe do palco, era possível ver o show perfeitamente. E o local estava lotado, felizmente.
Eu nunca imaginei que iria ver o L7 ao vivo. Não sou muito fã da banda, mas sem dúvidas é um dos grupos mais importantes dos anos 1990 pelo pioneirismo em ser um conjunto formado apenas por mulheres. O disco “Bricks Are Heavy” é um clássico e foi o responsável pela maioria das músicas do repertório da apresentação, mas no show tivemos canções de toda a carreira delas. Elas são bastante carismáticas, principalmente a baixista Jennifer Finch que foi quem se comunicou mais com o público. Não foi uma plateia fácil, afinal de contas a maioria estava ali para ver o Garbage. Contudo, em dois momentos era visível a agitação, que foi na performance dos maiores hits da banda. Primeiro foi “Pretend We're Dead”, que curiosamente contou com a participação de Lovefoxxx (vocalista do CSS) e “Shitlist”, que encerrou a apresentação em grande estilo.
Não demorou muito para começar a tocar o tema de Laura Palmer, da série Twin Peaks (clássico criado por David Lynch e Mark Frost, sendo que o tema foi composto por Angelo Badalamenti). O Garbage subiu ao palco com a formação “clássica” com o produtor e baterista Butch Vig (que nem sempre participa das performances ao vivo), contando com uma novidade: a baixista Nicole Fiorentino (que tocou no Smashing Pumpkins). Shirley Manson, a líder e vocalista da banda, estava com um figurino bem chamativo e esbanjou simpatia, como sempre. E o show já começou com um hit do primeiro disco: “Queer”.
O repertório do show contou com 18 músicas, pois com a abertura do L7 o Garbage fez um show um pouco mais curto. Ainda assim, a escolha das canções foi muito boa a abrangeu quase todos os discos do grupo. Foi bom ver ao vivo músicas do disco mais recente deles chamado “No Gods No Masters”, com destaque para “The Men Who Rule the World” (que inclusive foi dedicada ao L7). A cenografia do palco era simples, mas usou bem as luzes para ressaltar as emoções de algumas composições. O telão no fundo do palco foi utilizado poucas vezes. Bom ver que eles se preocupam mais com a música do que imagem, mas foi um equilíbrio satisfatório.
Difícil destacar apenas algumas canções, mas talvez as minhas favoritas tenham sido "Empty", "Special", "I Think I'm Paranoid", "Cherry Lips (Go Baby Go!)", "Push It" e o final maravilhoso com "When I Grow Up", que sem dúvidas deixou uma sensação de “quero mais”. Final feliz em ter visto o Garbage ao vivo mais uma vez, mas espero que essa não tenha sido a última.
Dia: 22 de Março de 2025
Local: Terra SP - São Paulo - SP
Local: Terra SP - São Paulo - SP
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