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domingo, 25 de setembro de 2011

Planeta dos Macacos: A Origem

Título Original: Rise of the Planet of the Apes (EUA , 2011)
Com: Andy Serkis, James Franco, Freida Pinto, Brian Cox, Tom Felton, David Oyelowo, Tyler Labine, Jamie Harris, David Hewlett e Ty Olsson
Direção: Rupert Wyatt
Roteiro: Rick Jaffa e Amanda Silver
Duração: 105 minutos

Nota: 5 (excelente)

Hollywood tem tido problemas com criatividade ultimamente. O resultado disso são inúmeras refilmagens, continuação e os prelúdios. Esse último se aproveita de alguma franquia e conta uma história anterior ao acontecido na história original. Felizmente a Fox conseguiu acertar a mão esse ano com seus prelúdios, primeiro com “X-Men – Primeira Classe” e agora com “Planeta dos Macacos: A Origem”.

A franquia Planeta dos Macacos já teve inúmeros filmes e sua última passagem nos cinemas foi com a versão de Tim Burton de 2001. Então a idéia de mostrar a origem da evolução dos macacos soa bem interessante. O diretor Rupert Wyatt conseguiu criar algo seu sem deixar de fazer referências e coerência com o filme original. E o melhor de tudo para a Fox, conseguiu dar novo fôlego a franquia que graças ao sucesso desse primeiro filme certamente irá ganhar uma continuação. Nada mal para apenas seu segundo filme.

O grande trunfo do filme são os efeitos especiais com a criação dos macacos digitais. O realismo é realmente impressionante. Os responsáveis por isso são a equipe da Weta Digital, que fizeram “Avatar” e a trilogia Senhor dos Anéis. Tudo foi feito com a técnica de captura de movimento, que está cada vez melhor.

O ator Andy Serkis foi convocado para dar vida a César, o macaco personagem principal da história. Ele entrega uma performance impressionante. E o cara já é especialista no assunto. Ele deu vida a personagens digitais marcantes como o Gollum do Senhor dos Anéis e o “King Kong”, ambos dirigidos por Peter Jackson e realizados pela Weta. Sem dúvidas mereceria prêmios de atuação ou até uma indicação ao Oscar se a academia não fosse tão conservadora.

A história começa com os humanos quando o cientista Will Rodman (James Franco) testa em laboratório uma cura para doenças neurológicas, como o Alzheimer. Sua grande motivação é ajudar seu pai (John Lithgow). Ao testar nos macacos é observado que além de regenerar o cérebro, a droga ainda aumenta a inteligência. Tudo caminha bem, mas um dos macacos foge de controle e os testes são abortados. Will resolve secretamente continuar a experiência para casa ao fazer teste em seu pai e leva um filhote de macaco para casa onde descobre que o efeito da droga é passado geneticamente de pai para filho.

Esse filhote de macaco é César, o protagonista da história. Ao ficar mais velho ele acaba machucando um humano ao defender o pai de Will e é levado para um abrigo de macacos. Ao se juntar com outros de sua espécie e começar a receber maus tratos ele começa aos poucos a tomar raiva dos humanos e resolve se unir com sua espécie.

Eu gosto do tom da história em mostrar o ser humano como o inimigo e responsável pela desgraça do planeta Terra. Então a raiva de César é totalmente justificada. Os humanos ficam em segundo plano, o destaque da história são os macacos.

Depois da primeira parte com a apresentação da história, na segunda vem as cenas de ação. E é justamente nessa hora que os efeitos impressionam. Os animais são muito realistas a ponto de em alguns momentos você ficar na dúvida se aquilo é real ou não.

Uma ótima história, bastante inteligente somada a excelentes efeitos especiais e a incrível performance de Serkis transformam essa produção com um resultado excelente. Divertido e ao mesmo tempo cheio de significados e reflexões sobres os limites da pesquisa de curas de novas doenças, tratamento de animais coisa e tal. Parabéns para a Fox e ao diretor Rupert Wyatt ao entregar esse excelente blockbuster que não parecia promissor, mas que felizmente surpreendeu bastante.

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