Título Original: 2 Days in New York (França, Alemnha e Bélgica, 2012)
Com: Julie Delpy, Chris Rock, Albert Delpy, Alexia Landeau, Alex Nahon, Dylan Baker e Kate Burton
Direção: Julie Delpy
Roteiro: Julie Delpy e Alexia Landeau; história de Julie Delpy, Alexia Landeau e Alex Nahon
Duração: 96 minutos
Nota: 4 (ótimo)
Julie Delpy volta ao posto de diretora em “2 Dias em Nova York”, continuação de outro filme que ela também dirigiu, escreveu e protagonizou: “2 dias em Paris”. No anterior a sua personagem Marion ia passar as férias na França com seu namorado americano. Agora ela está morando em Nova York com o novo namorado Mingus (Chris Rock) e seu pai vem junto com a irmã e o namorado visitá-la.
Essa continuação explora as mesmas situações do anterior que é o “choque” de culturas de países diferentes brincando os esteriótipos de cada país (EUA e França). No anterior a questão principal era a discussão sobre relacionamentos. Aqui esse ainda é um dos temas principais, mas ele fica um pouco em segundo plano. O tom do filme é um pouco menos serio e a comédia acaba falando mais alto em boa parte da história.
Marion agora tem um filho do seu relacionamento anterior que mora junto com ela, Mingus e sua filha. Ela está prestes a lançar uma exposição de fotografia e por isso sua família vem da França visitá-la.
Quando ela está junto com a família sua personalidade parece mudar e seu lado mais neurótico, atrapalhado e inseguro vem à tona. Então fica a dúvida do seu namorado: será que ela é realmente assim e estava disfarçando o tempo todo? Conseguirá o relacionamento sobreviver a essa visita familiar?
Sobra também espaço para um pouco de critica e cinismo sobre a arte contemporânea já que a personagem de Delpy irá vender sua alma na exposição, literalmente falando com direito a contrato e recibo assinado.
Tudo é muito bem construído e sem dúvidas as influências dos filmes “Antes do Amanhecer” e “Antes do pôr-do-sol” de Richard Linklater do qual a atriz protagonizou ao lado de Ethan Hawke estão presentes. E já que agora estamos em Nova York, como não lembrar de Woody Allen. Essas “loucuras” de relacionamentos amorosos e familiares são a sua cara. E Delpy usa muito bem essas influências.
E não funcionaria se não fosse o elenco. Delpy está ótima mais uma vez como Marion. E temos novamente o seu pai da vida real interpretando o pai da personagem que tem os melhores momentos do filme. Alexia Landeau e Alex Nahon, respectivamente a irmã e o namorado, também garantem boas risadas além de terem participado do roteiro. E quem diria, o mais “sério” acaba sendo Chris Rock, mas que mostra seu humor ácido em alguns momentos.
O resultado é uma ótima comédia que brinca de maneira bem inteligente e divertida com o choque cultural e relacionamentos amorosos mostrando mais uma vez os múltiplos talentos de Julie Delpy tanto atrás quanto na frente das câmeras.
Com: Julie Delpy, Chris Rock, Albert Delpy, Alexia Landeau, Alex Nahon, Dylan Baker e Kate Burton
Direção: Julie Delpy
Roteiro: Julie Delpy e Alexia Landeau; história de Julie Delpy, Alexia Landeau e Alex Nahon
Duração: 96 minutos
Nota: 4 (ótimo)
Julie Delpy volta ao posto de diretora em “2 Dias em Nova York”, continuação de outro filme que ela também dirigiu, escreveu e protagonizou: “2 dias em Paris”. No anterior a sua personagem Marion ia passar as férias na França com seu namorado americano. Agora ela está morando em Nova York com o novo namorado Mingus (Chris Rock) e seu pai vem junto com a irmã e o namorado visitá-la.
Essa continuação explora as mesmas situações do anterior que é o “choque” de culturas de países diferentes brincando os esteriótipos de cada país (EUA e França). No anterior a questão principal era a discussão sobre relacionamentos. Aqui esse ainda é um dos temas principais, mas ele fica um pouco em segundo plano. O tom do filme é um pouco menos serio e a comédia acaba falando mais alto em boa parte da história.
Marion agora tem um filho do seu relacionamento anterior que mora junto com ela, Mingus e sua filha. Ela está prestes a lançar uma exposição de fotografia e por isso sua família vem da França visitá-la.
Quando ela está junto com a família sua personalidade parece mudar e seu lado mais neurótico, atrapalhado e inseguro vem à tona. Então fica a dúvida do seu namorado: será que ela é realmente assim e estava disfarçando o tempo todo? Conseguirá o relacionamento sobreviver a essa visita familiar?
Sobra também espaço para um pouco de critica e cinismo sobre a arte contemporânea já que a personagem de Delpy irá vender sua alma na exposição, literalmente falando com direito a contrato e recibo assinado.
Tudo é muito bem construído e sem dúvidas as influências dos filmes “Antes do Amanhecer” e “Antes do pôr-do-sol” de Richard Linklater do qual a atriz protagonizou ao lado de Ethan Hawke estão presentes. E já que agora estamos em Nova York, como não lembrar de Woody Allen. Essas “loucuras” de relacionamentos amorosos e familiares são a sua cara. E Delpy usa muito bem essas influências.
E não funcionaria se não fosse o elenco. Delpy está ótima mais uma vez como Marion. E temos novamente o seu pai da vida real interpretando o pai da personagem que tem os melhores momentos do filme. Alexia Landeau e Alex Nahon, respectivamente a irmã e o namorado, também garantem boas risadas além de terem participado do roteiro. E quem diria, o mais “sério” acaba sendo Chris Rock, mas que mostra seu humor ácido em alguns momentos.
O resultado é uma ótima comédia que brinca de maneira bem inteligente e divertida com o choque cultural e relacionamentos amorosos mostrando mais uma vez os múltiplos talentos de Julie Delpy tanto atrás quanto na frente das câmeras.
Acho que vou gostar. Aguardo passar aqui na província sotoropolitana
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