Título Original: The Sessions (EUA , 2012)
Com: John Hawkes, Helen Hunt, William H. Macy, Moon Bloodgood, Annika Marks, W. Earl Brown, Adam Arkin, Jennifer Kumiyama e Robin Weigert
Direção e Roteiro: Ben Lewin
Duração: 95 minutos
Nota: 4 (ótimo)
O filme “As Sessões” mostra o drama de uma pessoa com limitações físicas e poderia facilmente virar um dramalhão bem piegas feitos para chorar. Felizmente não é esse o rumo que ele toma. O diretor e roteirista Ben Lewin fez um ótimo trabalho a abordar questões delicadas como religião, sexo e deficiência física de maneira bem inteligente e interessante ao mostrar um pouco da vida de Mark O’Brien (1949-1999), poeta e jornalista que foi vítima de poliomielite aos 6 anos que o deixou sem os movimentos do pescoço para baixo preso numa maca e dependente de um “pulmão de aço”, aparelho que o ajuda a respirar.
Iremos acompanhar um determinado momento da vida de Mark em 1988 quando ele foi convidado a escrever um artigo sobre a vida sexual dos deficientes. Ao começar a pesquisar a respeito ele resolveu tentar fazer sexo, pois aos 38 anos seu tempo de tentar fazer isso estava se esgotando. Apesar de não ter os movimentos do corpo, ele tem a sensibilidade e seu pênis funciona normalmente. Como ele teve uma educação bastante religiosa, sexo também é um pouco de tabu. Aí é que entram os personagens secundários bem interessantes.
Ele resolve pedir ajuda a uma terapeuta sexual especializada em deficientes. Cheryl (Helen Hunt, que andava meio sumida) irá ajudá-lo a descobrir sobre o sexo em 6 sessões. E ela explica a diferença entre ela e uma prostituta (assista o filme), apesar das duas aceitarem dinheiro em troca de sexo de certa forma. Mas antes ele vai se consultar com um padre (William H. Macy) para pedir perdão antes de cometer o pecado e ele acaba virando um confidente e grande amigo de Mark. Sem dúvidas ele é o personagem mais interessante que apesar do dogma católico aconselha que Mark deve sim seguir em frente com sua “aventura sexual”.
Como falei o filme foca em 2 temas bastante polêmicos que são religião e sexo. E a história funciona muito bem graças ao incrível elenco. As cenas entre o ator John Hawkes (Inverno da Alma) e Helen Hunt são as mais complicadas e interessantes do filme graças a entrega ao papel entre eles. Principalmente Hunt que aparece em nu frontal algumas vezes. Já quando Hawkes está com William H. Macy o que prevalece é o bom humor com uma conversa que vai além da religião.
Infelizmente como o filme é curto e conta apenas um determinado período da vida de Mark, baseado no artigo que ele escreveu contando sobre essa experiência sexual, fica um gostinho de quero mais em saber mais sobre os personagens. Principalmente a terapeuta Cheryl que tem um pouco do seu drama familiar mostrado, mas não tanto quanto poderia.
No mais o resultado é um filme bem interessante que emociona sem abusar do melodrama com uma trama que funciona principalmente graças ao trabalho do elenco e do diretor que soube encontrar o tom certo para contar a história.
Achei esse filme apenas legalzinho. Monótono um pouco e naquela pegada "quero ganhar o oscar atuando assim" e tal, não sei.
ResponderExcluirAchei apenas bonzinho.