Título Original: Faroeste Caboclo (Brasil , 2013)
Com: Fabrício Boliveira, Isis Valverde, Felipe Abib, César Troncoso, Antonio Calloni, Alex Sander, Marcos Paulo, Cinara Leal e Rodrigo Pandolfo
Direção: René Sampaio
Roteiro: Victor Atherino e Marcos Bernstein
Duração: 105 minutos
Nota: 2 (regular)
Se adaptar uma obra literária já é algo complicado, o que dizer sobre adaptar uma música para o cinema. Assim o diretor René Sampaio teve a difícil tarefa de transformar em filme a canção Faroeste Caboclo da banda Legião Urbana. Em 9 minutos Renato Russo narra a história de João de Santo Cristo, mas em 105 minutos de filme temos apenas um pouco da essência dessa história.
Com: Fabrício Boliveira, Isis Valverde, Felipe Abib, César Troncoso, Antonio Calloni, Alex Sander, Marcos Paulo, Cinara Leal e Rodrigo Pandolfo
Direção: René Sampaio
Roteiro: Victor Atherino e Marcos Bernstein
Duração: 105 minutos
Nota: 2 (regular)
Se adaptar uma obra literária já é algo complicado, o que dizer sobre adaptar uma música para o cinema. Assim o diretor René Sampaio teve a difícil tarefa de transformar em filme a canção Faroeste Caboclo da banda Legião Urbana. Em 9 minutos Renato Russo narra a história de João de Santo Cristo, mas em 105 minutos de filme temos apenas um pouco da essência dessa história.
O roteiro acerta em tentar fazer uma história menos fantástica do que a canção, então não temos por exemplo a cobertura televisiva do duelo entre João e Jeremias. E como a música é bastante conhecida, então o final trágico já é conhecido. Dessa forma o filme já começa mostrando o duelo para depois voltar e contar como os personagens chegaram nessa situação.
Apesar de respeitar bastante a música, algumas mudanças foram necessárias para tornar a história mais fluida e não apenas um longo videoclipe mostrando os fatos narrados em forma de imagem. Algumas ficaram boas, outras nem tanto.
A construção dos personagens é um problema. O filme deixa em segundo plano a questão social para apostar no romance entre João e Maria Lúcia. E é justamente aí que fica o principal problema. A culpa fica em parte pelo roteiro, mas principalmente pelos protagonistas. Fabrício Boliveira (João) e Isis Valverde (Maria) não funcionam juntos. Falta química entre os 2 e carisma.
O restante do elenco é bem regular e todos soam um pouco caricatos, principalmente Antonio Calloni como um policial corrupto. O único destaque fica com Felipe Abib que sempre rouba a cena como o vilão Jeremias.
Na parte técnica o filme vai bem, com uma boa fotografia e trilha sonora , mas em alguns momentos a edição incomoda com umas idas e vindas sem necessidade na primeira parte da história.
O restante do elenco é bem regular e todos soam um pouco caricatos, principalmente Antonio Calloni como um policial corrupto. O único destaque fica com Felipe Abib que sempre rouba a cena como o vilão Jeremias.
Na parte técnica o filme vai bem, com uma boa fotografia e trilha sonora , mas em alguns momentos a edição incomoda com umas idas e vindas sem necessidade na primeira parte da história.
2013 ficou marcado por adaptações de filmes envolvendo Renato Russo e Legião Urbana. E nesse aspecto o filme Somos Tão Jovens leva a melhor por mais divertido e ter um elenco mais carismático, principalmente os protagonistas.
Mas a melhor comparação que deve ser feita com o filme é com outro que chegou aos cinemas em 2013: Django Live. Fiquei imaginando como seria se Quentin Tarantino fosse o diretor de Faroeste Caboclo, já que o cara é especialista em filmes de vingança e mandou bem num faroeste protagonizado por um negro.
Deixando meus devaneios de lado a conclusão é que Faroeste Caboclo até tinha potencial para ser pelo menos bom, mas a escolha errada dos protagonistas, principalmente da mocinha da história, acabam fragilizando e deixando os problemas falarem mais algo que os acertos.
Mas a melhor comparação que deve ser feita com o filme é com outro que chegou aos cinemas em 2013: Django Live. Fiquei imaginando como seria se Quentin Tarantino fosse o diretor de Faroeste Caboclo, já que o cara é especialista em filmes de vingança e mandou bem num faroeste protagonizado por um negro.
Deixando meus devaneios de lado a conclusão é que Faroeste Caboclo até tinha potencial para ser pelo menos bom, mas a escolha errada dos protagonistas, principalmente da mocinha da história, acabam fragilizando e deixando os problemas falarem mais algo que os acertos.
Vi o filme ontem e concordo em muito com os seus comentários. De todo modo o filme merece ser visto.
ResponderExcluirAcho que essa música não foi tão difícil de interpretar assim não man, até porque ela é uma historinha contada em quase 10 minutos.
ResponderExcluirQuanto ao filme concordo em partes contigo, deixa realmente a desejar mas, ainda assim, achei melhor do que "Somos Tão Jovens".
Vale como homenagem, não sei se vale tanto a ida ao cinema.
Eu não concordo em alguns pontos! Achei o filme umas 10x melhor que o Somos tão jovens. Tmb achei q as idas e vindas na história enriqueceram na construção da identidade do personagem principal, além de outras coisas. De qualquer forma, vale muito a pena assistir!
ResponderExcluirConcordo com a crítica e ainda digo mais: esse filme faltou uma direção mais forte, que emocionasse mais... Parece que o filme inteiro é "morno". Quentin Tarantino, com Django Livre e Os Oito Odiados em seu currículo, sabe bem fazer um filme nesse estilo, então creio que um cara como ele estaria mais capacitado... Para diretores brasileiros, talvez o de Cidade de Deus?
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