Título Original: Philomena (Reino Unido, EUA, França , 2013)
Com: Judi Dench, Steve Coogan, Sophie Kennedy Clark e Michelle Fairley
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Steve Coogan e Jeff Pope
Duração: 98 minutos
Nota: 4 (ótimo)
Confesso que fui assistir “Philomena” pensando que talvez pudesse ser um simples drama, mas o filme realmente surpreende. Baseado em fatos reais iremos conhecer a Philomena do título interpretada por Judi Dench.
Ela cometeu um “pecado” quando era jovem e acabou ficando grávida. Como não tinha dinheiro para cuidar da criança ela foi “ajudada” por um convento católico. Ela teria que passar 4 anos trabalhando para pagar a conta e ainda corria o risco de seu filho ser adotado. Infelizmente isso acontece e 50 anos depois ela ainda continua procurando por ele.
Iremos então conhecer o segundo personagem da história: o jornalista Martin Sixsmith (Steve Coogan) que acabou de perder seu emprego e ainda pensa no que vai fazer com sua carreira. Ele acaba conhecendo Philomena e resolve ajudá-la ao ver a oportunidade de contar sua história. Apesar de não ser a especialidade que ele está acostumado a escrever ele pensa que pode ser a chance de voltar a trabalhar.
O filme toca em temas bem interessantes e um pouco distintos: jornalismo e religião. E tenta entender os limites de ambas as áreas em julgar o que é certo ou errado. E apesar de ter lidar com uma uma história que facilmente poderia cair num simples melodrama, o diretor Stephen Frears tira o melhor da trama e do seu elenco criando uma história muito interessante e que mantem o realismo ao invés da caricatura e da emoção exagerada.
A dupla Judi Dench e Steve Coogan mostra bastante carisma e química entre si ao conseguir construir a história desses personagens que não tem nada em comum que acabam se conhecendo e se descobrindo aos poucos aprendendo principalmente a se respeitar de maneira muito eficiente e interessante. Coogan ainda tem um papel mais importante para o filme por ter colaborado no roteiro.
A importância da história de Philomena ter sido contada pelo jornalista foi tanta que atualmente a própria teve a chance de se encontrar com o Papa. E que bom que alguém resolveu levar o livro escrito por Sixsmith ao cinema para assim ela ganhar ainda mais conhecedores e repercussão. Um ótimo filme que consegue contar uma história de maneira inteligente e interessante sem apelar para melodrama.
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