Título Original: Inside out (EUA, 2015)
Com as vozes de: Amy Poehler, Lewis Black, Mindy Kaling, Bill Hader, Phyllis Smith, Richard Kind, Kyle MacLachlan, Kaitlyn Dias e Diane Lane
Direção: Pete Docter
Roteiro: Pete Docter, Meg LeFauve e Josh Cooley
Duração: 102 minutos
Nota: 5 (excelente)
Eu sou muito fã da Pixar, mas confesso que seus últimos filmes não estavam sendo tão geniais e criativos quanto antes apesar da qualidade continuar a mesma principalmente ao apostar em algumas continuações. Mas em “Divertida Mente” (curiosamente o título em português é até mais interessante que o original) o estúdio de animação mostrou mais uma vez todo o seu talento.
O que se passa na cabeça de uma pessoa? Essa é a resposta que o filme tenta dar ao mostrar o funcionamento dentro da “cabine de comando” da menina Riley que é controlada por 5 emoções: Alegria (Amy Poehler), Tristeza (Phyllis Smith), Medo (Bill Hader), Repulsa (Mindy Kaling) e Raiva (Lewis Black). A Alegria acaba sendo a líder e acha que basta a menina estar feliz que tudo está sob controle, mas ela descobrir que as coisas não são assim tão simples. A coisa complica quando a família de Riley se muda para São Francisco e trará novas emoções para a cabeça da menina.
A idéia do filme é sensacional! A garota Riley é ao mesmo tempo a “protagonista” da história e ao mesmo tempo o cenário da trama. A maior parte da trama obviamente se passa dentro de sua cabeça enquanto a Alegria e a Tristeza passam por algumas dificuldades e aventuras dentro cabeça enquanto vemos as consequências do lado de fora.
Os personagens são muito bons! A Pixar é muito boa em construir personagens e aqui a coisa não é diferente. A Tristeza é um dos melhores personagens e seu sentimento e comportamento triste rendem boas risadas, o que é ao mesmo tempo contraditório e divertido. Mas a personagem principal acaba sendo a Alegria que está sempre tentando evitar que a Tristeza faça alguma coisa e estrague o seu trabalho em deixar a menina feliz.
A construção do universo e do funcionamento dentro da cabeça também é muito bom. Iremos conhecer como são feito os sonhos, como as memórias são organizadas e coisas do tipo. Falar mais sobre isso pode acabar estragando as surpresas do filme.
O melhor de tudo é como o roteiro consegue criar uma história que é ao mesmo tempo complexa e simples ao mesmo tempo. Daquele jeito que irá funcionar para todas as idades. As cores, personagens divertidos e cenas de aventura para agradar os mais jovens, mas também todo um contexto interessante na história para os mais velhos. E é impressionante como a trama mexe com as emoções. Vai ser difícil não se emocionar com a história.
Observações:
* Antes do filme como é tradição na Pixar é exibido um curta. O dessa vez se chama “Lava” e mostra a história de um vulcão em busca de um amor. Pela sinopse da para perceber que é bem a cara do estúdio. E o curta é muito bonito e interessante. Uma bela homenagem ao Havaí.
* Eu assisti a pré-estréia do filme que rolou na terça dia 16 de Junho, então ainda teve outro bônus: um tour pelo estúdio da Pixar. O diretor Pete Docter e o produtor Jonas Rivera nos levam por um passeio dentro do prédio. É muito bom ver como eles estimulam a criatividade dentro do lugar e descobrir um pouco do processo de criação de uma animação.
* A pré-estreia teve apenas cópias legendas e foi num horário bom (19:30). Aqui em Brasília pelo menos a sala estava cheia, mas não lotada. Quem não aproveitou a sessão pelo visto terá dificuldade em assistir o filme legendado, mas parece que pelo menos tem sessões legendadas em mais cidades. Mais uma vez fica aqui a reclamação da falta de opção e como sempre animações terem somente cópias dubladas.
Quando a alegria deixa de ser tão contangiante, as coisas melhoram e evoluem heheh
ResponderExcluirBing Bong!