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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Garbage

O Garbage voltou ao Brasil em 2016, dessa vez em turnê solo para divulgar seu último disco intitulado “Strange Little Birds”. Em pouco mais de 20 anos de carreira essa é a segunda vez que eles se apresentam no Brasil. A primeira foi no festival Planeta Terra em 2012.

A abertura ficou por conta da Far From Alaska, banda do Rio Grande do Norte. Conscientes em não ser a atração principal, o grupo foi muito simpático e, com muita energia, fez um ótimo show. O disco de estreia deles é muito bom e ao vivo o som é ainda melhor. Guitarra pesada e distorcida, misturada com um pouco de música eletrônica e um vocal feminino poderoso de Emmily Barreto. A banda conta também com o segundo vocal de Cris Botarelli, que toca sintetizador.
Far From Alaska
Durante o show do Garbage, a vocalista Shirley Manson contou que recebeu o demo de Far From Alaska durante o festival Planeta Terra e a partir daí manteve contato com a banda. Ao retornar ao Brasil, o convite para a abertura foi oficializado e, de fato, foi uma ótima escolha.

Antes de falar da atração principal, é bom comentar sobre o local do show. O Tropical Butantã é um espaço novo, com capacidade para 2500 pessoas. A localização é muito boa por ser perto de uma estação de metrô. Como o show acabou cedo, por volta das 21:30, foi bem tranquilo para chegar e sair do lugar. Para completar, as portas de emergência são abertas ao final do show, sendo muito fácil sair. O lugar é um ótimo espaço para shows de pequeno porte.

Tocar em um local pequeno foi uma ótima escolha para Garbage. Assim apenas os fãs de verdade compareceram. Isso garantiu um ótimo retorno da plateia: o público cantou e pulou junto, durante todo o show. A banda ficou impressionada com a excelente receptividade das pessoas.

Garbage continua em ótima forma e a apresentação foi excelente. Para garantir o sucesso do show não há grandes preocupações com elementos de palco ou cenografia. A produção confia bastante no poder das músicas. O único recurso utilizado é a iluminação que ajuda com cores mais fortes em músicas mais agitadas, ou luz fraca em músicas lentas, ajudando a criar um clima mais intimista.
Shiley Manson tem uma incrível presença de palco, além de voz maravilhosa. Apesar do sucesso, a cantora ainda consegue ser modesta ao dizer que gostaria de ser mais cool como outras rock stars. Além da boa voz, o mais importante é ter carisma e isso Shirley tem de sobra.

O repertório foi muito bom e abrangeu todos os discos. O início contou com músicas dos primeiros álbuns como "I Think I'm Paranoid" e "Stupid Girl". Mas, não demorou para canções do trabalho mais recente aparecerem. Tocaram, ao todo, cinco músicas do último CD, um bom número já que nem sempre as bandas costumam tocar tantas composições de discos novos. Entre elas destaque para “Even Though Our Love Is Doomed”, canção mais lenta, e “Empty”, que ficou no bis e é a melhor do “Strange Little Birds”.
Detalhe importante: eles mudaram um pouco o arranjo da sua música mais conhecida: "Only Happy When It Rains". O início ficou mais lento, mas depois ela volta à versão normal. Mas o melhor momento - se é que é possível destacar apenas um - foi a música “Push It”, que encerrou a primeira parte do show.

A banda mostrou que, mesmo após 20 anos de carreira, ainda são muito bons ao vivo e continuam relevantes no cenário cultural. Ao tocar em um local pequeno, conseguiram se conectar com a plateia, entregando um excelente espetáculo.

* Texto revisado por Elaine Andrade

Dia: 10 de Dezembro de 2016
Local: Tropical Butantã - São Paulo - SP
Fotos tiradas por mim, mais no link

Setlist:

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