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quinta-feira, 14 de abril de 2005

Reencarnação

O filme “Reencarnação” estreou causando polêmica quando foi exibido no Festival de Veneza no final do ano passado. Tudo isso devido a uma cena em que Nicole Kidman dividia uma banheira com um garoto de dez anos de idade. Para os moralistas, isso era um prato cheio. Mas com certeza o objetivo dessa cena não era chocar e sim causar um certo constrangimento, afinal de contas a situação toda do filme é de certa forma constrangedora.

Na história do filme, Nicole vive um mulher chamada Anna que perdeu seu marido dez anos atrás. Agora ela está prestes a casar com Joseph (Danny Huston). Mas algo inesperado acontece, surge um menino de dez anos (Cameron Bright do filme “O Enviado”, em uma atuação muito boa para um menino) que diz ser Sean, o marido morto de Anna. A principio ela não acredita, mas o menino sabe de detalhes íntimos que somente o próprio Sean saberia. Então que começa o mistério, será o garoto mesmo o marido de Anna falecido? A partir daí que os problemas começam a surgir.

O filme mostra o quanto a morte de um ente querido, nesse caso o marido de Anna, é capaz de afetar a vida de uma pessoa por mais que ela continue levando sua vida normalmente. Qualquer sinal ou algo que remeta a ele ainda é capaz de abala-la. Imagine então o que acontece quando aparece um menino de dez anos e diz ser o marido. Por mais absurdo que isso possa aparecer.

As atuações são bastante contidas para tentar manter o realismo, por mais absurdo que a coisa possa parecer. E o tempo todo é mantido um certo clima de “constrangimento”, afinal de contas a situação é realmente absurda e surreal. O uso de “closes” nos atores é usado freqüentemente para tirar o máximo das suas expressões. E o ritmo do filme é bastante cadenciado, sem causar nenhuma grande emoção, sempre explorando a tensão da história e muitas “pausas dramáticas”.

No final das contas essa polêmica acabou falando mais alto e o filme não foi bem nas bilheterias pelo mundo, foi totalmente desprezado. Tudo bem que o filme não é excelente, mas é bom e interessante. E a tal polêmica é possível de ser presenciada nas salas de cinema. As pessoas realmente ficam “chocadas” com as tais cenas.

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