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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Margin Call - O Dia Antes do Fim

Título Original: Margin Call (EUA , 2011)
Com: Kevin Spacey, Zachary Quinto, Jeremy Irons, Demi Moore, Stanley Tucci, Penn Badgley, Simon Baker, Mary McDonnell, Paul Bettany e Aasif Mandvi
Direção e Roteiro: J.C. Chandor
Duração: 107 minutos

Nota: 4 (ótimo)

A crise financeira que explodiu em 2008 nos EUA e afetou toda a economia mundial é o tema de fundo do filme “Margin Call - O Dia Antes do Fim” do diretor e roteirista estreante J.C. Chandor. Mesmo com um orçamento baixo ele conseguiu reunir um ótimo elenco para contar a história de um banco de investimentos fictício que descobre um problema que pode falir a empresa.

A trama começa com a empresa fazendo um corte de funcionários. Um deles é um diretor de operações de alto risco interpretado por Stanley Tucci. Ele estava no meio da investigação de um problema, mas antes de ir embora deixa os arquivos com um analista mais novo interpretado por Zachary Quinto (o Spock do novo Star Trek), que consegue identificar o problema.

Nem vou tentar explicar qual é o problema, o próprio filme tenta, mas para quem não entende bem de economia é um pouco complicado. Talvez depois de assistir o documentário “Trabalho Interno”, que explica a crise de 2008, a coisa fique um pouco mais fácil. Para quem se interesse pelo tema os 2 filmes são obrigatórios. O documentário por mostrar os fatos e explicá-los, enquanto esse filme se aproveita do tema para criar uma ótima história de ficção.

O filme tenta mostrar um pouco do lado “humano” da crise. Não existem os bons e os malvados como no filme “Wall Street – O dinheiro nunca dorme”. Aqui todos têm seus interesses pessoais e o sistema financeiro é só uma maneira de ganhar dinheiro, do analista junior ao presidente do banco. A ganância e o individualismo obviamente falam mais alto.

A história mostra a pressão sobre eles em como resolver o problema durante a madrugada. Uma solução é salvar a empresa, mas acabar com economia e decretar a crise. Como diz o dono da empresa, interpretado por Jeremy Irons, em determinado momento do filme: "Melhor que sejamos nós os primeiros a deflagrar essa crise". Ninguém sabe bem o que fazer e começam as discussões sobre a ética do negócio. Se a trama começa com os funcionários de baixo escalão, eles acabam ficando em segundo pleno quando a pressão recai sobre o alto escalão.
Justamente por focar sua história mais nos personagens o filme tenta mostrar o lado psicológico e humano da crise. A culpa é sempre do sistema, mas principalmente daqueles que mexem nele. Uma história inteligente, com ótimas atuações resulta num drama muito bom sobre a crise, mesmo que ele não seja capaz de dar muitas respostas sobre o tema.

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