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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Reis e Ratos

(Brasil, 2012)
Com: Selton Mello, Otávio Müller, Rafaela Mandelli, Ora Figueiredo, Rodrigo Santoro, Cauã Reymond, Paula Burlamaqui, Seu Jorge, Élcio Romar, Helio Ribeiro, Kiko Mascarenhas e Oberdan Jr.
Direção e Roteiro: Mauro Lima
Duração: 111 minutos

Nota: 2 (regular)

Fui assistir ao filme “Reis e Ratos” pensando que ir conferir uma comédia, mas fui surpreendido por um filme que não consegue se definir se quer ser sério ou se quer ser engraçado.

O diretor Mauro Lima (Meu nome não é Johnny) reuniu um elenco heterogêneo entre drama em comédia e a história do filme que ele mesmo escreveu não consegue definir em qual gênero quer ficar. Não que isso seja um problema caso ele conseguisse um equilíbrio entre eles. Mas a indecisão acaba se arrastando por todo o filme e espectador fica sem saber se chora ou se da risada.

A trama se passa no Brasil dos anos 60 próximo ao golpe militar ocorrido no país em 1964. Então temos uma história que mistura política com espionagem e vários personagens. Troy (Selton Mello) é um agente da CIA que vive no país e junto com o Major Esdras (Otávio Müller) planeja uma armadilha para atrapalhar o golpe.

O filme tenta emular uma história policial com clima noir com direito a “femme fatale” interpretada por Rafaela Mandelli e com uma parte da história contada em forma de flashback em preto e branco. Mais uma vez a indecisão aparece para atrapalhar. Essa maneira de ter uma parte colorida e outra em preto e branco atrapalham no clima do filme.

Muitos personagens aparecem e se envolvem na trama e alguns parecem não ter a menor importância na história. Um deles é Roni Rato interpretado por Rodrigo Santoro. Ele é até o personagem mais interessante do filme, mas seu pouco tempo em cena não consegue dar alguma importância a sua aparição. Uma pena desperdiçar essa participação especial.
No final das contas o filme não consegue ser nem um filme policial e nem mesmo uma paródia do gênero já que ele consegue definir o que é. A dupla de protagonistas Mello e Müller fica totalmente perdida junto com o filme sem saber se entrega uma atuação engraçada, séria ou paródia. Ou seja, tá todo mundo perdido, principalmente quem está assistindo ao filme sem saber se o leva a sério ou não. E o pior, também não consegue dar risada. E eu não conseguir classificar nem como bom e nem como ruim, então ficou no meio termo como regular.

2 comentários:

Marcio Melo disse...

Já não estava muito animado depois de ver o trailer e depois dessa crítica desisto de conferir este filme, deixa pra lá.

Tucha disse...

Vi o filme e concordo com vc, a ideia do roteiro é interessante mas não conseguiram desenvolver bem e a gente fica sem saber exatamente o que o diretor pretendia