Título Original: Ted (EUA , 2012)
Com: Mark
Wahlberg, Mila Kunis, Seth MacFarlane (voz), Giovanni Ribisi, Joel
McHale, Patrick Warburton, Matt Walsh, Jessica Barth e Patrick Stewart
(narrador)
Direção: Seth MacFarlane
Roteiro: Seth MacFarlane, Alec Sulkin e Wellesley Wild
Duração: 106 minutos
Nota: 4 (ótimo)
Seth
MacFarlane é conhecido por seu trabalho na televisão principalmente na
animação “Family Guy” (no Brasil conhecida como “Uma família da
pesada”). Ele é um dos criadores, dirigiu muitos episódios, escreve, mas
o principal é que ele dubla muitos personagens. Seu humor politicamente
incorreto e suas vozes são seus principais talentos. E ambos estão
presentes em “Ted”, seu primeiro trabalho no cinema.
A idéia do filme é muito bacana e faz um pouco de
paródia com contos infantis. Tudo começa quando o pequeno John Bennett
resolve pedir para que seu urso de pelúcia ganhe vida e vire seu melhor
amigo pois ele não tem amigos. Seu desejo é “magicamente” concedido e
Ted ganha vida. Então encontramos com os 2 ainda amigos na vida adulta.
John (Mark Wahlberg) agora com 35 anos continua na companhia de Ted,
ambos vivendo meio como “jovens” na frente da tv com bebidas e drogas.
O “problema” começa com o relacionamento de John com
Lori (Mila Kunis) já caminhando para seu 4º ano sem ficar realmente
“séria”. Então começam os conflitos do protagonista entre escolher
seguir sua vida com a namorada num relacionamento sério e com isso
amadurecer na sua vida virando um adulto de verdade ou continuar com seu
grande amigo Ted curtindo a amizade.
O roteiro desenvolve muito bem esse conflito sem em
nenhum momento mostrar qual lado é o certo ou o errado e sem transformar
a personagem de Lori ou o próprio Ted em vilões. Mas não pensem que o
filme irá entrar num drama e oferecer soluções para o conflito. A ideia é
justamente fazer graça com essa situação da passagem para a vida
adulta.
A coisa realmente funciona muita bem graças ao Ted.
Os efeitos de captura de movimento na criação do personagem é
sensacional e o ursinho realmente parece bastante real. Isso somado a
voz MacFarlane e seu roteiro que consegue soar politicamente incorreto
sem ser ofensivo fazem do filme uma das melhores comédias adultas do
ano. E obviamente ele mantem o estilo conhecido de Family Guy com
diversas referências pop, mas num ritmo menos absurdo e nonsense de
alguns episódios da série animada.
Resumindo o filme é uma mistura de fábula infantil,
no caso mais uma fábula adulta, com comédia romântica e “bromance”
(amizade entre homens tema de diversos filmes como “Eu te amo, cara” e
“Superbad”). Tudo isso com o tom de ironia e politicamente incorreto de
MacFarlane. O resultado são ótimas risadas e diversão garantida.
Ótimo realmente, me diverti deveras e dei varias gargalhadas no cinema.
ResponderExcluirNum mundo onde o politicamente correto anda enchendo o saco, ver algo assim divertidamente "ofensivo" aos preceitos da nova ordem moral é fascinante.