Título Original: Dredd (Reino Unido / Índia / EUA , 2012)
Com: Karl Urban, Olivia Thirlby, Lena Headey, Domhnall Gleeson, Santi Scinelli, Wood Harris e Rakie Ayola
Direção: Pete Travis
Roteiro: Alex Garland
Duração: 106 minutos
Nota: 4 (ótimo)
Baseado nos quadrinhos criados por Carlos Ezquerra e John Wagner, o Juiz Dredd ganha uma nova chance nos cinemas após a terrível adaptação estrelada por Sylvester Stallone em 1995. Agora a produção britânica comandada pelo diretor Pete Travis teve um orçamento mais modesto comparado as grandes produções de Hollywood, conseguindo assim realizar um filme mais fiel ao personagem.
Em “Dredd” não iremos acompanhar a origem do personagem. Logo no início ele mesmo nos apresenta a cidade de Mega City One e seu papel como juiz no qual ele tem o poder de prender, julgar e executar as sentenças. Só assim para tentar combater o caos existente na cidade marcada pelo excesso de violência.
Cabe ao Juiz Dredd acompanhar uma novata chamada Anderson em seu primeiro dia de trabalho Apesar de não ter passado nos exames para virar juiz ela tem como diferencial poderes psíquicos que podem ser bastante úteis na execução da função. Ao responder seu primeiro chamado eles vão parar na torre Peach, uma espécie de favela vertical de 200 andares, que é dominada pela traficante Ma-ma. Eles acabam ficando presos no local após ordem dela para fechar o lugar e evitar que eles levassem um de seus capangas para interrogatório. Além disso ordena a execução dos juízes.
A ideia de concentrar é interessante por criar um clima claustrofóbico ao filme enquanto acompanhamos os juízes tentando escapar dessa enrascada. A partir daí iremos conhecendo um pouco mais sobre os personagens. E é justamente na mistura desse clima com cenas de ação e construção dos personagens que fica a qualidade da história. Por mais que a situação “simplifique” o filme não quer dizer que irá simplificar a trama. Méritos para o roteirista Alex Garland (conhecido por seu trabalho em filmes do diretor Danny Boyle como “Sunshine - Alerta Solar”).
O grande nome do elenco é Karl Urban (Star Trek) no papel de Dredd. Mesmo estando todo o tempo usando um capacete que esconde metade do seu rosto, ele consegue criar o personagem muito bem usando principalmente o recurso da voz. O restante do elenco apesar de desconhecido também está bem, com destaques para Olivia Thirlby como a novata Anderson e Lena Headey como a vilã Ma-ma. Alias é bom ressaltar o fato da vilã feminina, algo pouco comum em filmes do gênero. Sua atuação sem exageros e meio minimalista ainda deixa a personagem mais assustadora.
O visual e a fotografia também merecem destaque. O efeito de camera lenta utilizado para retratar o efeito da droga Slo-mo que faz o usuário enxergar a realidade equivalente a um centésimo do normal ficou muito boa, dando assim ao efeito uma utilidade e não simplesmente exercício desnecessário de estilo do diretor. Nessas cenas o uso do 3D (o longa foi filmado no formato) soa interessante. No restante do filme não tanto, mas a noção de profundidade ajuda na visualização do cenário principalmente nos longos corredores da torre.
No final das contas “Dredd” é uma das grandes surpresas do ano. Confesso que não esperava nada do filme, mas quando comecei a ler as críticas positivas fiquei empolgado e o resultado é realmente muito bom.
Concordo contigo em muita coisa aqui man, realmente é um dos filmes mais surpreendentes de 2012, também não esperava muita coisa.
ResponderExcluirMe pegou "tão desprevinido" que até me empolguei mais do que você hehehe
Só o fato de não ser ridículo já é uma grande vantagem. hehe Eu também estava com um preconceito quanto ao filme, mas agora penso em dá uma chance.
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