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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Enquanto Somos Jovens

Título Original: While We're Young (EUA, 2014)
Com: Ben Stiller, Naomi Watts, Adam Driver e Amanda Seyfried
Direção e Roteiro: Noah Baumbach
Duração: 97 minutos

Nota: 4 (ótimo)

Após fazer um filme sobre os jovens em “Frances Ha” o diretor Noah Baumbach resolveu abordar o tema da relação entre as gerações. Em “Enquanto Somos Jovens” iremos conhecer um casal na casa dos 40 anos que começa a sair com um casal na casa dos 20. Aí começam as “piadas” já que o casal mais velho vive usando aparelhos tecnológicos como smartphones e computadores, enquanto o mais jovem gosta de ouvir música em vinil e ver filmes em VHS.


O casal mais velho é Josh (Ben Stiller) e Cornelia (Naomi Watts). Seus melhores amigos já tem filhos e eles não, então acaba que eles começam a se afastar. Então Josh conhece Jamie (Adam Driver) que se mostra fã do seu trabalho como diretor de documentários. Ele o chama para sair com sua mulher Darby (Amanda Seyfried) e eles acabam virando amigos.

Começar a sair com o casal mais jovem faz com que o mais velho se sinta de alguma forma jovem novamente ao fazer coisas diferentes e mais “espontâneas”. E esse é o principal tema do filme: qual o limite da idade que separa a “juventude” da “vida adulta”? Seria ter filhos? Isso rende ótimos momentos no filme como por exemplo quando o casal de amigos de Josh e Cornelia que teve filhos diz que ter filho fará bem a eles.

O roteiro é bem interessante e o elenco faz o resto em transformar a história em algo inteligente e divertido. Stiller já tinha trabalho com o diretor Noah Baumbach em “O Solteirão”, mas o resultado tinha sido irregular. Aqui ele encontrou o tom correto entre drama e comédia. E sua química com Watts e principalmente com Driver é muito boa. A relação entre os dois personagens de mentor e aprendiz é muito boa.

O filme se perde um pouco na parte final quando entra em discussão outro tema relacionado a documentários. Não que a abordagem seja ruim, mas acaba tirando um pouco o foco da questão da diferença entre as gerações que era o tema principal da história. Ainda assim o resultado é muito bom. 
É bom ver que o diretor continua num bom rumo e depois de filmes irregulares ele vem conseguindo mostrar seu real talento com ótimos filmes. Pode não ser tão bom quanto o “Frances Ha”, mas mais uma vez ele consegue fazer um retrato interessante dos jovens e agora fazendo uma comparação com os adultos.

2 comentários:

Tucha disse...

Também tive opinião semelhante a sua a idéia/ tema do filme é interessante, entretanto a história se "perde" do meio para o fim.

Marcio Melo disse...

Parece um consenso que o final do filme não caminha muito bem, de qualquer forma gostei do que vi, principalmente no início.