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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Expresso do Amanhã

Título Original: Snowpiercer  (Coréia do Sul, EUA, 2013)
Com: Chris Evans, Song Kang-ho, Ko Ah-sung, John Hurt, Jamie Bell, Tilda Swinton, Alison Pill, Octavia Spencer, Ewen Bremmer, Emma Levie, Luke Pasqualino, Vlad Ivanov e Ed Harris
Direção: Bong Joon-ho
Roteiro: Bong Joon-ho e Kelly Masterson
Duração: 126 minutos

Nota: 5 (excelente)

Após assistir o filme “Expresso do Amanhã” preciso correr atrás dos outros filmes do diretor Bong Joon-ho. O único que eu assisti foi “O Hospedeiro”, que também é muito bom. Aqui ele fez o seu primeiro trabalho nos EUA e se saiu muito bem. Uma de suas marcas registradas é a mistura de gêneros num mesmo filme. Para saber mais sobre isso recomendo a leitura do texto ‘MASTER CHEF: O CINEMA MISTURADO DE JOON-HO BONG’ do blog Salsaparrilha.


O principal gênero que o filme pode ser encaixado é em ficção científica ao mostrar um futuro pós-apocalíptico. Aí você deve pensar, mais um filme do gênero né? Felizmente o diretor sul-coreano não entrega mais do mesmo. 

A história é baseada numa HQ francesa chamada "O Perfuraneve" (Le Transperceneige) onde num futuro alternativo em 2014 quando alguns países tentam reverter os efeitos do aquecimento global lançando um composto químico chamado CW7 que acaba levando a Terra a uma nova era do gelo. Os únicos sobreviventes vivem num trem construído por um misterioso e excêntrico milionário chamado Wilford (Ed Harris).

A grande genialidade do filme é esse trem. Ele leva 365 dias para dar a volta completa no planeta Terra, então quando passa por um determinado lugar as pessoas sabem que já se passou 1 ano. São diversos vagões onde na frente fica o motor controlado por Wilford e no fundão ficam os “pobres” que sobrevivem em condições precárias.

O líder da “galera do fundão” é Curtis (Chris Evans). Ele tem um plano para atravessar todo o trem e chegar até a frente e enfrentar Wilford. Então iremos acompanhar a sua jornada e ver se ele será bem sucedido. Junto com ele um grupo bastante peculiar. Talvez seja até melhor não falar sobre eles para não estragar as surpresas do filme.

Os vagões dos trens reservam diversas surpresas. Cada um deles tem um visual incrível e aos poucos vai revelando mais sobre o misterioso Wilford. Basta dizer que enquanto os “pobres” estão lá na pior, os “ricos” levam uma vida cheia de luxos e bem próxima a realidade do mundo pré-apocalipse. Ou seja, o filme na verdade é uma grande alegoria sobre a luta de classes. Mas lembrem que o diretor gosta de misturar gêneros. Então nessa jornada teremos cenas de batalhas, comédia, drama, entre outros. Uma viagem extremamente divertida e inteligente com muitas surpresas e revelações bem interessantes.
O filme levanta diversas discussões interessantes, principalmente em sua parte final. Isso embalado por uma mistura de gêneros com um ótimo visual (o único defeito é o trem visto do lado de fora que não é muito bem feito, mas não chega a comprometer), e claro, um elenco muito bom com destaque principalmente para o protagonista Chris Evans que mostra muito carisma e talento para um tipo diferente de “herói”.

2 comentários:

Marcio Melo disse...

Vi esse ainda ano passado, nem esperava que depois de tanto tempo fosse aparecer nos cinemas.

Bom filme, a discussão moral e social que ele levanta é pertinente, tem uma parte inclusive que relembra um grande 'mote' do clássico "No Mundo de 2020" e, algumas lutas, lembram até mesmo fases de videogame.

Acho que o final o filme descarrilha um pouco, ainda assim o saldo é mais do que positivo.

Ramon Pinillos Prates disse...

O final foi quando o filme realmente me convenceu de que era bom.