Título Original: The Man From U.N.C.L.E. (EUA, 2015)
Com: Henry Cavill, Armie Hammer, Alicia Vikander, Elizabeth Debicki, Jared Harris e Hugh Grant
Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Guy Ritchie e Lionel Wigram
Duração: 116 minutos
Nota: 4 (ótimo)
Agora que os filmes de James Bond, o agente 007, se atualizaram e se modernizaram, esse ano Hollywood resolveu explorar a época “áurea” da espionagem: os anos 60. Primeiro veio “Kingsman” e agora o novo trabalho do diretor Guy Ritchie: “O Agente da U.N.C.L.E.”. Se bem que uma melhor comparação seria com outra franquia: “Missão Impossível”, já que ambas são adaptações de series de televisão de espionagem. Mas aqui a época foi mantida, enquanto Tom Cruise trouxe o programa para os dias atuais.
Guy Ritchie deixou os “filmes originais” de lado e tem se dedicado a franquias. Depois de “Sherlock Holmes” ele assume mais uma. Aqui ele obteve um resultado melhor e ainda consegue manter um pouco do seu estilo como diretor.
Temos aqui um filme início e apresentação de personagens, então só no final iremos descobrir do que se trata a U.N.C.L.E. Iremos conhecer o agente americano da CIA Napoleon Solo (Henry Cavill) e Illya Kuryakin (Armie Hammer), agente soviético da KGB. Em plena guerra fria eles terão que trabalhar juntos para impedir que uma organização criminosa consiga criar uma bomba atômica. Para isso eles usarão Gaby (Alicia Vikander) para se aproximar da organização pois ela é filha do responsável pela criação da bomba que está fazendo o trabalho contra a sua vontade.
Cavill e Hammer surpreendem e mostram muita química entre si. Seus personagens são um pouco estereotipados, mas funcionam bem. Cavill consegue tirar um pouco a imagem de “bom moço” após interpretar o Superman e apesar de ser inglês consegue emular o espião inglês meio malandro e bom com as mulheres. Já Hammer que é americano se esforça bastante para fazer um russo convincente que é “bruto”, mas com um coração bom, apesar de soar um pouco forçado.
As cenas de ação são apenas boas. Algumas melhores e outras mais irregulares. Na verdade seria melhor se tivesse um pouco mais de ação. A cena inicial de uma perseguição de carro já mostra todo o estilo de Ritchie. Um outro problema é que talvez o filme se leve um pouco a sério demais, apesar de ser bastante divertido e com algumas boas piadas. Talvez ele tenha esquecido um pouco do “absurdo” das situações. Nesse quesito “Kingsman” se sai melhor justamente por levar a coisa a sério.
Em compensação o estilo da época dos anos 60 ajuda a dar um charme a mais ao filme seja no figurino ou nas locações. Isso funciona como um diferencial. Junto com o elenco e o estilo do diretor acabam tornando o produto acima da média e se tornando uma experiência bem legal e divertida fazendo com que os problemas possam ser relevados em parte. Principalmente os vilões do filme que são um pouco sem graça. Mas a dupla de protagonistas tem carisma de sobra para concentrar a atenção neles.
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