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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Férias Frustradas

Título Original: Vacation (EUA, 2015)
Com: Ed Helms, Christina Applegate, Leslie Mann, Chris Hemsworth, Skyler Gisondo e Steele Stebbins
Direção e Roteiro: Jonathan Goldstein e John Francis Daley
Duração: 99 minutos

Nota: 2 (regular)

A versão 2015 de “Férias Frustradas” não é uma refilmagem e também não é necessariamente um reboot. Bom, também não é exatamente uma continuação. Talvez a melhor definição é que seja simplesmente um novo filme da franquia. A sinopse é praticamente a mesma onde temos um pai que resolve levar a família de carro através dos EUA para um parque de diversões. A piada é que aqui Rusty Griswold (agora vivido pelo ator Ed Helms), que era o filho no filme original agora resolve repetir a viagem com sua família.


O próprio filme faz questão de fazer piada com a situação ao mostrar que as novas crianças da família Griswold nunca ouviram falar das ‘Férias’ (o título original do filme é Vacation) originais. Mas o pai responde prontamente que isso não tem problema já que essas férias vão ser independente da outra. Não deixa de ser verdade. Mas é claro que Jonathan Goldstein e John Francis Daley (diretores e roterisistas do filme) não vão deixar os que já ouviram falar das tais ‘Férias’ na mão e entregam algumas referências. A começar é claro pela presença de Chevy Chase e Beverly D'Angelo, os pais do original.

Confesso que não sou grande fã das Férias originais, mas tenho que reconhecer a qualidade e a importância do filme ao retratar de maneira caricata e divertida as aventuras da família Griswold pelos EUA para chegar ao parque de diversões Walley World. Era um road movie engraçado que tinha Chevy Chase como protagonista em seu auge que garantia boas risadas com as “idiotices” de seu personagem para tentar agradar a sua família.

A versão 2015 dos Griswold é diferente, afinal de contas os tempos agora são outros. As piadas e situações constrangedoras que a família enfrenta dessa vez acabam soando exageradas e caricatas demais. Ainda sim algumas vezes elas funcionam, mas no conjunto da obra o resultado deixa a desejar. Algumas partes funcionam de forma independente e quem sabe num programa de esquetes tipo o Saturday Night Live elas teriam um resultado melhor. 

Talvez falte um pouco do “charme” do filme original, daquela coisa dos anos 80. Isso pode soar um pouco como saudosismo, por isso fiz questão de dizer que nem sou tão fã assim do filme original para deixar claro que esse não é o problema. Gosto muito de Ed Helms, principalmente em “Se beber, não case”, mas aqui ele mostra que não tem o mesmo carisma que Chevy Chase.

Preciso confessar que dei várias risadas durante o filme, apesar dos problemas. Tenho uma teoria que um filme de comédia não é necessariamente bom apenas porque você deu risada. Assim como um filme de terror não é necessariamente bom apenas se você sentir medo ou levar sustos. E aqui essa teoria se aplica porque apesar de achar graça de muitas piadas achei o filme bastante irregular. 
O que talvez tenha me incomodado mais tenha sido o final. Bom, pode parecer SPOILER mas é meio óbvio que no final eles conseguem chegar no Walley World. No filme original a piada de quando eles chegam lá é muito boa e vemos o que o papai Griswold é capaz de fazer por sua família. Aqui eles levaram isso por um lado meio idiota e rende uma cena final bem ruim. Aí mesmo eu tendo me divertido preciso dizer que o filme não é bom. 

Pelo menos não fizeram uma nova versão da música tema do filme “Holiday Road” de Lindsey Buckingham...

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Que pena, tinha uma ponta de esperança com esse filme