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quinta-feira, 3 de março de 2005

O Fantasma da Ópera


Título Original: The Phantom of the Opera (EUA, 2004)
Com: Gerard Butler, Emmy Rossum, Patrick Wilson, Miranda Richardson e Minnie Driver
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Joel Schumacher e Andrew Lloyd Webber
Duração: 143 minutos


O livro “O Fantasma da Ópera” foi escrito por Gaston Leroux e ganhou uma versão musical nos teatros em 1986 feita por Andrew Lloyd Webber. Esse livro já serviu de inspiração para alguns filmes e o musical também já foi montado em outros países. Inclusive agora em Abril deve estrear em São Paulo uma versão nos moldes que se vê na Broadway. Existe também uma música do Iron Maiden chamada “Phatom of the Opera”, presente no primeiro disco da banda. Enfim, o livro já influenciou diversos tipos de formas culturais.

O Webber vem tentando fazer uma versão cinematográfica do seu musical há um bom tempo, foram 15 anos de negociações. Ele escolheu o diretor Joel Schumacher depois ter visto o filme “Garotos Perdidos”, que tinha um bom uso da trilha sonora. Os filmes de Joel não seguem um padrão bem definido de qualidade. Ele já dirigiu bons filmes como o já citado “Garotos Perdidos” e também “Um dia de fúria”, mas também é responsável por bombas como “Batman e Robin”. Estava faltando em sua carreira fazer um musical.

Levar um musical às telas de cinema era uma idéia absurda até que o sucesso nas bilheterias do filme “Moulin Rougue” fez isso mudar. Depois veio também “Chicago” e agora esse.

O filme nada mais é do que uma versão para as telas do cinema do musical de Webber. Então o filme é praticamente todo cantado (com algumas poucas cenas sem música) e segue bem o estilo dos musicais da Broadway em seu estilo meio “brega” de ser. Ao analisar o filme apenas como filme, e não como uma adaptação de um musical, não seria correto e o resultado da análise seria negativo. Mas ao levar em consideração o musical, então não tinha nenhuma “mágica” que pudesse ser feita para o filme ser bom, senão estragaria e perderia a fidelidade ao musical.

Para quem sempre teve curiosidade de ver o musical e não pode pagar para ir a Nova York assistir ou não quer esperar que a tal encenação a ser feita em São Paulo dê as caras por aqui por preços também nada populares, o melhor mesmo é conferir o filme. Segundo o próprio Webber o desejo de fazer essa versão para os cinemas era justamente para que o musical alcançasse um público maior, principalmente os que não tem acesso ao teatro. Se você não gosta de musical, achou o filme “Evita”, por exemplo, um saco por ser todo cantando e mesmo um musical com pitadas de cultura pop como “Moulin Rougue” não te agradaram, passe longe desse filme.

Agora o me deixou mais "irritado" é o fato de alguns críticos falarem mal do filme como se o musical fosse a melhor coisa do mundo e o filme tivesse estragado-o. Que nada, as músicas são as mesmas e o visual do filme é bem melhor do que um cenário num teatro. Uma das mais “geniais” foi uma crítica que eu li na Folha de São Paulo escrita por um cara chamado Pedro Butcher que o título era: “Atores de cera encenam clipe velho do Fantástico”. E depois dizem que eu que tenho que ser mais flexível com os filmes.

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