A Pixar estava prestes a se separar da Disney, e provavelmente esse desenho seria a última parceria entre as empresas. No final das contas elas acabaram não se separando. Mas em compensação esse talvez seja o desenho da Pixar com mais cara da Disney. Isso por ser mais família, com algumas lições de moral, ter um tema mais infantil e coisas do tipo, mas nem por isso sem deixar de ter a qualidade de uma boa história. E esse sempre é o grande trunfo dos desenhos da Pixar. Mesmo que talvez a história tenha seus clichês e não seja assim tão original, a maneira como ela é mostrada é muito interessante. Toda a construção do universo dos carros (os detalhes e regras desse mundo) é muito boa e criativa. E também a caracterização dos personagens, sempre genial.
A idéia do desenho surgiu quando o diretor John Lasseter (dos “Toy Story” e “Vida de Inseto”) passava pela rodovia 66 (a famosa route 66) e percebeu o abandono devido a construção das grandes estradas (ou free ways em inglês). Ele tem uma paixão com carros, então pensou que isso daria um bom tema para uma história.
Lighting McQueen (Owen Wilson no original e Marcelo Garcia no dublado) é um carro de corrida ambicioso, sem amigos que só pensa em vencer o campeonato. Durante a viagem para a próxima e decisiva corrida, ele acaba se perdendo e indo parar numa pacata cidade chamada Radioator Springs. Por ter causado danos à estrada, ele acaba sentenciado a trabalhos forçados na reconstrução da mesma. Na convivência com os poucos moradores do lugar, ele acaba aprendendo que a vida é mais do que ganhar um troféu de campeonato e fama.
Com certeza “Carros” não é um dos melhores desenhos produzidos pela Pixar e não é tão bom quanto os “Toy Story”, por exemplo, mas nem por isso não deixa de ter qualidade. E também prova que a Pixar é o melhor estúdio de animação em todos os sentidos. Certa foi a Disney em manter a parceria com ela.
Vale lembrar também que sempre antes do filme tem a exibição de um curta, outra marca registrada dos desenhos da Pixar. O nome desse é “A banda de um homem só”, que inclusive foi indicado ao Oscar.
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