Título Original: Cosmopolis (Canadá / França / Itália / Portugal , 2012)
Com:
Robert Pattinson, Kevin Durand, Sarah Gadon, Juliette Binoche, Jay
Baruchel, Samantha Morton, Mathieu Amalric e Paul Giamatti
Direção e Roteiro: David Cronenberg
Duração: 109 minutos
Nota: 4 (ótimo)
O
diretor David Cronenberg está de volta aos filmes “futuristas” após
filmes mais “sérios” como “Um Método Perigoso”. E voltou também a
escrever o roteiro. Dessa vez ele resolveu adaptar o romance
“Cosmópolis” de Don DeLillo que conta a história de Eric Packer, um
gênio milionário que ganhou sua fortuna ao conseguir raciocinar na
velocidade do mercado de ações.
Cronenberg foi esperto e chamou o astro Robert
Pattinson no intuito de conseguir o orçamento pra produzir o filme,
enquanto o ator tenta provar sua diversidade de papéis ao estrelar um
filme adulto e independente.
O trailer da uma visão errada do filme ao dizer que é
1º filme sobre o novo milênio dando a impressão de ter algum tipo de
ação ou algo do tipo. Na verdade o filme é bastante filosófico,
verborrágico e com uma estrutura bastante simples. Basicamente iremos
acompanhar o personagem principal (Eric) dentro de sua limusine enquanto
ele tenta cruzar uma cidade caótica para cortar o cabelo.
Nesse meio tempo ele recebe a visita dentro do carro
de inúmeros personagens, de sua amante, colegas de trabalho ou até
mesmo uma consulta médica. E é justamente durante esses diálogos que
iremos conhecer mais sobre esse universo paralelo e sobre o personagem.
Ao criar um trama muito concentrada em diálogos o
filme já se afasta do grande público que por ter o nome de Pattinson no
cartaz resolveu assistir por acaso. Durante a minha sessão pelo menos
umas 6 pessoas saíram do cinema antes do final. E isso porque eu estava
numa sala de “filmes de arte” (Itau Cinemas). Então é bom avisar pois
muita gente pode acabar achando o filme chato e monótono.
Aos que conseguirem sobreviver até o final e
conseguirem acompanhar a história verão uma visão bem interessante e
crítica sobre um futuro próximo da nossa sociedade falando sobre
economia, consumismo e coisas do tipo.
O personagem principal é bem interessante e cada vez
que vamos conhecendo novas nuances ele vai ficando mais completo
enquanto tentamos entender suas motivações. Um papel bastante difícil
para Pattinson que entrega uma atuação competente. E falando no elenco,
os nomes presente são muito bons, mas a maioria faz apenas pequenas
participações. O grande destaque fica por conta de Paul Giamatti (Sideways) na
melhor cena do filme, mas melhor não tentar falar nada sobre seu
personagem para não estragar a história.
É bom ver Cronenberg de volta a esse lado
“futurista”, mesmo que ele talvez ainda continue “sério” demais, mas
continua afiado em sua ironia e críticas sobre a sociedade e as
obsessões do ser humano.
Sei lá ando um tanto pessimista com o futuro... acho que não vou ver senão fico deprimida (rs,rs,rs)
ResponderExcluir