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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Kingsman: O Círculo Dourado (Kingsman: The Golden Circle)

Kingsman: O Círculo Dourado”, continuação de “Kingsman: Serviço Secreto”, não é tão boa quanto o anterior, mas ainda assim segue a mesma fórmula de sucesso com uma boa história e cenas de ação que garantem a diversão. A principal idéia do primeiro longa era fazer uma paródia dos filmes de espionagem, principalmente os de James Bond, brincando com seus exageros e planos mirabolantes dos vilões. É apresentada a agência Kingsman e o agente Harry Hart (Colin Firth) em busca de um substituto, que ele encontra no jovem Eggsy (Taron Egerton).
Nessa continuação somos apresentados à versão americana da agência que é chamada de Statesman. Se na versão britânica os agentes são verdadeiros “gentelman”, na versão dos EUA o símbolo são os cowboys. Infelizmente o filme não explora tão bem quanto poderia o potencial das regras e diferenças entre as agências.

Eggsy, o protagonista, segue o dilema em se tornar o espião clássico estilo 007. Ele está em um relacionamento sério, então quando "precisa" seduzir uma mulher em busca de informações fica com a consciência pesada por não querer trair a namorada. O personagem tem dificuldade em usar o estilo “clássico” dos agentes se comportarem. Infelizmente esse é outro tema que o filme não explora tão bem quanto poderia.

Na trama, Poppy Adams (Julianne Moore), uma traficante internacional, consegue destruir Kingsman, então Eggsy e Merlin (Mark Strong) - únicos membros sobreviventes - só tem uma escolha: ir em busca da agência americana Statesman, a qual eles nunca tiveram contato. Mas Poppy quer mais! Ela contaminou seus produtos com um vírus e exige do governo dos EUA um resgate em troca do antídoto.
A história é interessante e toca em uma tema polêmico: a luta contra as drogas. A forma como o presidente dos EUA lida com isso não deixa de ser uma boa crítica a política do país nos últimos 30 anos.

A vilã, interpretada por Julianne Moore, é um dos destaques do filme. A atriz segue um estilo parecido com o Samuel L. Jackson que mistura a caricatura com exagero, mas ela é mais eficiente. Pena que o roteiro de Jane Goldman e Matthew Vaughn não consegue dar uma conclusão interessante para a personagem.

O filme conta com um elenco incrível cheio de ótimos atores coadjuvantes, mas infelizmente eles parecem mais figurantes de luxo. Channing Tattum e Jeff Bridges são totalmente desperdiçados e seus personagens pouco acrescentam à trama. Em compensação, a participação especial do cantor Elton John vale o filme.

Nas cenas de ação o longa continua bem, mas seria difícil conseguir superar a cena da igreja do 1º filme. No entanto, digamos que a luta final de O Círculo Dourado também seja muito boa, com ótimos movimentos de câmera que dão uma ótima dinâmica ao confronto.

O diretor Matthew Vaughn se mostra mais uma vez competente. Mesmo ficando abaixo do seu antecessor, “Kingsman: O Círculo Dourado” mantém a qualidade com uma história interessante e cenas divertidas de ação.

Título Original: Kingsman: The Golden Circle (EUA, 2017)
Com: Colin Firth, Julianne Moore, Taron Egerton, Mark Strong, Halle Berry, Elton John, Channing Tatum e Jeff Bridges
Direção: Matthew Vaughn
Roteiro: Jane Goldman e Matthew Vaughn
Duração: 141 minutos

Nota: 4 (ótimo)

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