Título Original: Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan (2006)
Elenco: Sacha Baron Cohen, Ken Davitian e Pamela Anderson
Direção: Larry Charles
Duração: 82 minutos
O filme “Borat” foi uma das grandes surpresas nos cinemas americanos no ano passado. Sua mistura de documentário com humor ácido foi um sucesso de bilheteria e crítica. Antes de tudo é preciso falar sobre seu criador, o comediante inglês Sacha Baron Cohen.
Baron ficou conhecido pelo seu personagem Ali G com o programa “Da Ali G Show” que era exibido no canal Channel 4 inglês e na HBO Americana. Ali G é um rapper inglês que se acha um negro americano. O sucesso foi tanto que ele chegou a aparecer no clipe de “Music” de Madonna. Foi dentro desse programa de tv que surgiu Borat. Nos cinemas Baron esteve em “Madagascar”, no qual dublava o rei dos Lemurs, e em “Talladega Nights” ao lado de Will Ferrell (que não foi lançado nos cinemas aqui no Brasil, mas deve chegar em dvd em breve). Ele também apresentou o European MTv Awards duas vezes.
Borat é um repórter do Cazaquistão que é enviado pelo seu país aos 'Estados Unidos e América' (é assim que ele chama os EUA) para fazer um documentário sobre a cultura americana e com isso agregar benefícios ao seu país. Logo no início do filme temos uma pequena apresentação do personagem. Ele mostra a sua cidade natal e seus costumes. Aí começam os absurdos tipo ele já ter trabalhado como caçados de ciganos, se orgulhar de sua irmã ser uma das maiores prostitutas do país ou mostrar um dos moradores da cidade que é o estuprador local. Isso com a maior naturalidade do mundo.
Essa é a graça do filme, Borat vai aos 'Estados Unidos e América' entrevistar as pessoas, que acham que tudo que ele fala é verdade. O objetivo é tirar sarro justamente dessa ignorância de boa parte da população do país. A coisa vai caminhando numa mistura de comédia, documentário e 'road movie'. Inicialmente Borat iria apenas filmar em Nova York, mas ao chegar lá ele vê na televisão Pamela Anderson e se apaixona. Então resolve atravessar o país até a California para encontrá-la. As situações passadas por Borat são fantásticas! Totalmente absurdas e sem noção, num filme bastante engraçado. Ficar aqui descrevendo-as irá tirar parte da graça, só assistindo para se ter real noção da coisa. Claro que nem tudo no filme é 100% real, Pamela por exemplo sabia a verdade, mas a coisa é engraçada mesmo assim.
Uma característica do personagem é não gostar de judeus. Então o que não falta são piadas sacaneando eles. Então vem um detalhe importante, o próprio ator é judeu. Para provar o quão sem noção ele é e que não perdoa ninguém com suas piadas. Nada de levar para o lado pessoal.
A idéia do filme foi do diretor Jay Roach, famoso por muitas comédias como a série 'Austin Powers' e “Entrando numa fria”. Aqui ele ficou apenas como produtor e foi convocado o diretor Larry Charles para comandar o filme. Roach conhecia Cohen por causa de seu programa de tv e achava que a idéia de fazer um longa era bastante viável. Misturar realidade e ficção e se aproveitar que as pessoas não conheciam o personagem. O humor aqui vai da crítica, inteligência, e acidez à escatologia pura.
A maioria dos entrevistados realmente acreditava estar participando da gravação de um documentário para o Cazaquistão. Tanto que era dado a eles o papel para assinar a autorização de direito de imagem do qual nem se davam ao trabalho de ler direito. Depois do sucesso do filme começou a chover processos em cima dele por parte dos entrevistados. A cidade da Romênia na qual foi filmada o falso Cazaquistão também está tentando se aproveitar do sucesso com um processo. Mas o pior de tudo foi o próprio governo do Cazaquistão que pagou um material publicitário no jornal New York Times para esclarecer as verdades sobre seu país. Então imaginem o “barulho” que o filme fez por lá.
O reconhecimento artístico veio com alguns prêmios como o Globo de Ouro de melhor ator de comédia ou musical para Cohen e absurdamente não foi indicado ao Oscar nessa categoria, ficando apenas com a indicação a Melhor Roteiro Adaptado. O que para um filme desse tipo já é alguma coisa, considerando a rigidez e conservadorismo da Academia.
O filme estréia no Brasil depois do canaval no dia 22, mas esse fim de semana rolou uma pré-estréia, então pode ser que no próximo role novamente. É correr para os cinemas para conferir. Com certeza um dos melhores filmes do ano (passado). Para rir do começo ao fim sem parar.
Elenco: Sacha Baron Cohen, Ken Davitian e Pamela Anderson
Direção: Larry Charles
Duração: 82 minutos
O filme “Borat” foi uma das grandes surpresas nos cinemas americanos no ano passado. Sua mistura de documentário com humor ácido foi um sucesso de bilheteria e crítica. Antes de tudo é preciso falar sobre seu criador, o comediante inglês Sacha Baron Cohen.
Baron ficou conhecido pelo seu personagem Ali G com o programa “Da Ali G Show” que era exibido no canal Channel 4 inglês e na HBO Americana. Ali G é um rapper inglês que se acha um negro americano. O sucesso foi tanto que ele chegou a aparecer no clipe de “Music” de Madonna. Foi dentro desse programa de tv que surgiu Borat. Nos cinemas Baron esteve em “Madagascar”, no qual dublava o rei dos Lemurs, e em “Talladega Nights” ao lado de Will Ferrell (que não foi lançado nos cinemas aqui no Brasil, mas deve chegar em dvd em breve). Ele também apresentou o European MTv Awards duas vezes.
Borat é um repórter do Cazaquistão que é enviado pelo seu país aos 'Estados Unidos e América' (é assim que ele chama os EUA) para fazer um documentário sobre a cultura americana e com isso agregar benefícios ao seu país. Logo no início do filme temos uma pequena apresentação do personagem. Ele mostra a sua cidade natal e seus costumes. Aí começam os absurdos tipo ele já ter trabalhado como caçados de ciganos, se orgulhar de sua irmã ser uma das maiores prostitutas do país ou mostrar um dos moradores da cidade que é o estuprador local. Isso com a maior naturalidade do mundo.
Essa é a graça do filme, Borat vai aos 'Estados Unidos e América' entrevistar as pessoas, que acham que tudo que ele fala é verdade. O objetivo é tirar sarro justamente dessa ignorância de boa parte da população do país. A coisa vai caminhando numa mistura de comédia, documentário e 'road movie'. Inicialmente Borat iria apenas filmar em Nova York, mas ao chegar lá ele vê na televisão Pamela Anderson e se apaixona. Então resolve atravessar o país até a California para encontrá-la. As situações passadas por Borat são fantásticas! Totalmente absurdas e sem noção, num filme bastante engraçado. Ficar aqui descrevendo-as irá tirar parte da graça, só assistindo para se ter real noção da coisa. Claro que nem tudo no filme é 100% real, Pamela por exemplo sabia a verdade, mas a coisa é engraçada mesmo assim.
Uma característica do personagem é não gostar de judeus. Então o que não falta são piadas sacaneando eles. Então vem um detalhe importante, o próprio ator é judeu. Para provar o quão sem noção ele é e que não perdoa ninguém com suas piadas. Nada de levar para o lado pessoal.
A idéia do filme foi do diretor Jay Roach, famoso por muitas comédias como a série 'Austin Powers' e “Entrando numa fria”. Aqui ele ficou apenas como produtor e foi convocado o diretor Larry Charles para comandar o filme. Roach conhecia Cohen por causa de seu programa de tv e achava que a idéia de fazer um longa era bastante viável. Misturar realidade e ficção e se aproveitar que as pessoas não conheciam o personagem. O humor aqui vai da crítica, inteligência, e acidez à escatologia pura.
A maioria dos entrevistados realmente acreditava estar participando da gravação de um documentário para o Cazaquistão. Tanto que era dado a eles o papel para assinar a autorização de direito de imagem do qual nem se davam ao trabalho de ler direito. Depois do sucesso do filme começou a chover processos em cima dele por parte dos entrevistados. A cidade da Romênia na qual foi filmada o falso Cazaquistão também está tentando se aproveitar do sucesso com um processo. Mas o pior de tudo foi o próprio governo do Cazaquistão que pagou um material publicitário no jornal New York Times para esclarecer as verdades sobre seu país. Então imaginem o “barulho” que o filme fez por lá.
O reconhecimento artístico veio com alguns prêmios como o Globo de Ouro de melhor ator de comédia ou musical para Cohen e absurdamente não foi indicado ao Oscar nessa categoria, ficando apenas com a indicação a Melhor Roteiro Adaptado. O que para um filme desse tipo já é alguma coisa, considerando a rigidez e conservadorismo da Academia.
O filme estréia no Brasil depois do canaval no dia 22, mas esse fim de semana rolou uma pré-estréia, então pode ser que no próximo role novamente. É correr para os cinemas para conferir. Com certeza um dos melhores filmes do ano (passado). Para rir do começo ao fim sem parar.
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