Título Original: Letters From Iwo Jima (2006)
Elenco: Ken Watanabe, Kazunari Ninomiya, Tsuyoshi Ihara, Ryo Kase e Shido Nakamura
Diretor: Clint Eastwood
Duração: 140 minutos
A experiência da batalha de Iwo Jima continua, agora do lado japonês, no filme “Cartas de Iwo Jima”. Com essa digamos assim segunda parte da história, temos um retrato bastante interessante sobre o que aconteceu na ilha. E essa complementação ainda consegue ser melhor do que a primeira parte.
Enquanto “A conquista da honra” foi baseado num livro com depoimentos dos sobreviventes da batalha, 'Cartas' tem como base as memórias dos que morreram no conflito escrito por uma autora japonesa chamada Iris Yamashita junto com o Paul Haggis baseado em um romance de Tadamichi Kuribayashi. Apesar de ter sido baseado no livro, o roteiro está concorrendo ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Até agora ainda não consegui encontrar uma explicação para isso.
A história tem como personagem principal o tenente-general Kuribayashi, interpretado de maneira brilhante pelo ator Ken Watanabe (“Memórias de uma gueixa”, “Batman Begins” e “O último samurai”). Ele foi o encarregado de organizar a defesa da ilha com suas táticas bastante inovadoras para os militares japoneses da época. Graças a elas o exercito japonês conseguiu agüentar mais de 30 dias de batalha, mesmo com poucos homens, pouco equipamento e sem reforço.
Assim como em 'Conquista', não temos a figura de heróis ou vilões. Mas o grande diferencial aqui é ter uma visão sobre a cultura japonesa na guerra. Na cultura dos samurais morrer é uma grande honra, mas para o Kuribayashi o mais importante era viver para continuar lutando. Foi assim que eles conseguiram suportar por tanto tempo a batalha.
Enquanto para os americanos existia grande esperança em ir lutar na guerra, vencer e sobreviver, para os japoneses a morte era quase certa. Tanto que dos 20 mil que estavam lá, apenas mil conseguiram sobreviver.
O resultado final do projeto de Eastwood é uma impressionante visão sobre a batalha de ambos os lados. Talvez nunca antes na história do cinema uma batalha tenha sido retratada de maneira tão realista e humana, e o melhor de tudo, sob o aspecto de ambos os envolvidos no combate.
O filme foi grande sucesso de crítica e sucesso de público no Japão. Além da indicação principal a melhor filme, Eastwood foi novamente indicado a melhor diretor. Talvez seja um pouco injusto fazer uma análise separada de cada filme, e dar mais méritos a esse do que ao outro. Mesmo assim acho que o reconhecimento desse também merece ser dado a 'Conquista'. Podem até funcionar como filmes separados, mas só realmente funcionam como uma experiência completa se os 2 forem assistidos.
Elenco: Ken Watanabe, Kazunari Ninomiya, Tsuyoshi Ihara, Ryo Kase e Shido Nakamura
Diretor: Clint Eastwood
Duração: 140 minutos
A experiência da batalha de Iwo Jima continua, agora do lado japonês, no filme “Cartas de Iwo Jima”. Com essa digamos assim segunda parte da história, temos um retrato bastante interessante sobre o que aconteceu na ilha. E essa complementação ainda consegue ser melhor do que a primeira parte.
Enquanto “A conquista da honra” foi baseado num livro com depoimentos dos sobreviventes da batalha, 'Cartas' tem como base as memórias dos que morreram no conflito escrito por uma autora japonesa chamada Iris Yamashita junto com o Paul Haggis baseado em um romance de Tadamichi Kuribayashi. Apesar de ter sido baseado no livro, o roteiro está concorrendo ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Até agora ainda não consegui encontrar uma explicação para isso.
A história tem como personagem principal o tenente-general Kuribayashi, interpretado de maneira brilhante pelo ator Ken Watanabe (“Memórias de uma gueixa”, “Batman Begins” e “O último samurai”). Ele foi o encarregado de organizar a defesa da ilha com suas táticas bastante inovadoras para os militares japoneses da época. Graças a elas o exercito japonês conseguiu agüentar mais de 30 dias de batalha, mesmo com poucos homens, pouco equipamento e sem reforço.
Assim como em 'Conquista', não temos a figura de heróis ou vilões. Mas o grande diferencial aqui é ter uma visão sobre a cultura japonesa na guerra. Na cultura dos samurais morrer é uma grande honra, mas para o Kuribayashi o mais importante era viver para continuar lutando. Foi assim que eles conseguiram suportar por tanto tempo a batalha.
Enquanto para os americanos existia grande esperança em ir lutar na guerra, vencer e sobreviver, para os japoneses a morte era quase certa. Tanto que dos 20 mil que estavam lá, apenas mil conseguiram sobreviver.
O resultado final do projeto de Eastwood é uma impressionante visão sobre a batalha de ambos os lados. Talvez nunca antes na história do cinema uma batalha tenha sido retratada de maneira tão realista e humana, e o melhor de tudo, sob o aspecto de ambos os envolvidos no combate.
O filme foi grande sucesso de crítica e sucesso de público no Japão. Além da indicação principal a melhor filme, Eastwood foi novamente indicado a melhor diretor. Talvez seja um pouco injusto fazer uma análise separada de cada filme, e dar mais méritos a esse do que ao outro. Mesmo assim acho que o reconhecimento desse também merece ser dado a 'Conquista'. Podem até funcionar como filmes separados, mas só realmente funcionam como uma experiência completa se os 2 forem assistidos.
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