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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Slam

Título Original: Slam (2007)
Autor: Nick Hornby
Tradução: Paulo Reis
Editora: Rocco
Número de páginas: 264


Consegui terminar de ler agora no início do ano o último livro de Nick Hornby a sair no Brasil chamado “Slam”. Suas obras geralmente costumam mostrar homens na casa dos 30 anos passando por crises de “meia idade” sempre misturando referências pop com muito humor, acidez e um pouco de doçura numa narrativa leve e de fácil leitura.

A única diferença em Slam é o protagonista, dessa vez um adolescente chamado Sam. Ele irá enfrentar problemas antes de chegar a fase adulta por se tornar pai ainda na adolescência.

Sam é skatista, estava perto de entrar na faculdade e seu melhor amigo “imaginário” era Tony Hawk, famoso skatista, do qual ele tem um pôster na parede. A conversa acontecia justamente com esse pôster. Seu livro favorito era a biografia do famoso skatista, então ele sempre faz paralelos entra a sua vida e a dele.

Tem um detalhe importante na história, a mãe de Sam também ficou grávida dele durante a adolescência. Isso complica ainda mais a sua situação. O “slam” do livro, algo tipo um tombo na expressão dos skatistas, acontece quando ele conhece Alicia, uma menina linda e descolada. Os dois vacilam e ela acaba ficando grávida.

Para brincar um pouco com a narrativa, Hornby manda o protagonista para o futuro em alguns momentos do livro. Não algo muito distante, algo mais próximo apenas para deixá-lo preocupado com o que está por vir.

O fato do protagonista ser mais novo faz com que Hornby tente alcançar um público mais jovem, ainda não familiarizado com o seu universo um pouco mais adulto. Agora isso acaba também sendo um problema para o livro. Seus personagens costumam ter experiência sobre a vida e fazem piadas cheias de sarcasmo e ironia em relação a isso. Talvez a falta de experiência do protagonista não faz com que ele seja capaz de fazer isso.

Esse fato não chega a comprometer a qualidade do livro, já que mesmo assim o estilo de Hornby ainda está presente na narrativa, principalmente as referências pop. Mas talvez esse seja o seu livro mais fraco, mas nem por isso é ruim. Agora foi uma idéia interessante para ele tentar alcançar um público mais novo, mas acabou deixando os mais “velhos” com uma sensação de que poderia ter sido melhor.

Um comentário:

Tucha disse...

Sua resenha está muito bem feita, mostrando os pontos positivo e todos os limites do livro