Poder Sem Limites

Título Original: Chronicle (EUA, 2012)

Com: Michael B. Jordan, Michael Kelly, Alex Russell, Ashley Hinshaw, Alex Russell, Anna Wood, Joe Vaz e Matthew Dylan Roberts

Roteiro: Max Landis

Direção: Josh Trank

Duração: 83 minutos

Nota: 4 (ótimo)

Confesso que quando vi o trailer de “Poder Sem Limites” não fiquei muito empolgado. A estética de filmar em estilo “documentário” feito pelo próprio personagem do filme, já usada em filmes como “Atividade Paranormal” e “Cloverfield”, parecia ser uma armadilha, mas o roteiro bem escrito e as boas atuações do jovem elenco resultam numa ótima surpresa.

A história mostra 3 adolescentes que descobrem uma estranha caverna no meio do mato e ao resolverem entrar pra ver o que tinha dentro acabam encontrando algo estranho que irá afetá-los. Eles acabam ganhando o poder de telecinésia, isto é, são capazes de mover coisas com o poder da mente.

Lembro de ter lido que o filme era uma espécie de história de super herói, mas não acho que isso procede. Na verdade iremos acompanhar como os jovens lidam com esses “super poderes” no mundo real. E essa parte dramática do filme realmente surpreende.

O personagem principal é Andrew (Dane DeHaan). Ele que resolve começar a filma sua própria vida, mostrando seus problemas em casa e no colégio. O recurso da filmagem pelo próprio personagem é bem utilizado. Mas para não ficar cansativo o filme usa alguns truques. Temos por exemplo outro personagem que também gosta de filmar, então quando ele aparece temos 2 visões da cena. Ou o personagem começa a usar seu poder de tecinésia para controlar a câmera. E nas cenas finais que se passam no meio da cidade são usadas câmeras de segurança dos prédios ou pessoas que estão na rua filmando com seus celulares, entre outras.

Os efeitos especiais também chamam a atenção. São muito bem feitos. E já que o filme tenta passar a idéia de realismo com a filmagem feita por uma pessoa comum, os efeitos funcionam bem passar essa sensação.

O resultado é um filme ótimo filme que consegue funcionar como um bom entretenimento graças ótima direção, roteiro e atuações que conseguem fugir das armadilhas de filmes adolescentes e do estilo de filmagem.