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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Os Miseráveis

Título Original: Les Misérables (Reino Unido , 2012)
Com: Hugh Jackman, Russell Crowe, Anne Hathaway, Amanda Seyfried, Sacha Baron Cohen, Helena Bonham Carter, Eddie Redmayne, Aaron Tveit, Samantha Barks e Daniel Huttlestone
Direção: Tom Hooper
Roteiro: William Nicholson
Duração: 158 minutos


Nota: 4 (ótimo)

Se você não gosta de filmes musicais, não vai ser “Os Miseráveis” que vai fazer você mudar de ideia em relação ao gênero. Ele segue bem os moldes dos musicais tradicionais e é praticamente 100% cantado. A principal diferença dele entre os demais feitos para o cinema é que aqui as vozes dos atores foi gravada ao vivo durante as filmagens e não previamente em um estúdio. Isso deu ao elenco a possibilidade de dar uma “emoção” maior a suas performances ao tentar soarem menos artificiais.

A obra de Victor Hugo já teve inúmeras adaptações seja no teatro, cinema e televisão. Uma das que ficou mais conhecida foi o musical criado por Cameron Mackintosh que ganhou uma versão na Broadway e é o 3º musical mais assistido de todos os tempos (atrás apenas de Cats e O fantasma da ópera, também criados por Mackintosh). E é nessa versão que o filme se baseia.

Tom Hooper, diretor de “O discurso do rei”, comanda essa nova e moderna versão do musical. Fora o detalhe das músicas “ao vivo” ele não trás nada de novo ao gênero. Mas assim como seu filme anterior, apesar de contar uma história “manjada” ele consegue tirar uma ótima atuação do seu elenco e com uma parte técnica impecável realiza mais uma vez um ótimo filme.

A trama se passa na França em 1815, próximo a época da Revolução Francesa que serve como pano de fundo para a história. Tentar resumir a história sem praticamente contar boa parte dela é complicado, mas digamos que gira em torno das desigualdades sociais vividas pelo personagem Jean Valjean (Hugh Jackman), que passa 20 anos preso por ter roubado um pedaço de pão e é perseguido pelo inspetor Javert (Russell Crowe). Quando Jean consegue liberdade ele não consegue emprego e arruma uma nova identidade para conseguir prosperar. Mas depois é obrigado a fugir novamente para cuidar de Cosette, filha de Fantine (Anne Hathaway) que é uma ex-empregada dele demitida injustamente.

Um musical é separado em números musicais cada um com sua canção. O filme tem grandes momentos que são alguns desses números. Eu destacaria pelo menos 2.

O 1º é a música “I Dreamed a Dream” interpretada por Hathaway. É sem dúvidas o grande momento do do filme. Apesar de aparecer pouco em cena, é o suficiente para roubar a cena. Ela entrega uma carga emocional impressionante. Podem entrar o Oscar de atriz coadjuvante que ela merece.

O 2º é a primeira aparição dos personagens vividos por Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter. É uma cena mais divertida e hilária que quebra um pouco o tom “sofrido” da história por um momento. Os 2 já haviam feito um filme musical antes: Sweeney Todd.
O resto do elenco também está muito bem, principalmente Jackman que já tinha experiência em musicais do teatro. Já Crowe é o único que parece um pouco perdido, mas ele se vira bem apesar de soar claramente mais limitado que os demais.
O que prejudica um pouco o filme é a história de amor entre Cosette (na versão adulta interpretada por Amanda Seyfried) e Marius (um nobre revolucionário interpretado por Eddie Redmayne), e a duração um pouco longa que acaba tornando-o um pouco cansativo com 158 minutos de duração.

Ainda assim o resultado é um ótimo musical, com excelentes momentos já citados e outros menores mas que juntos ficam bem acima da média.

2 comentários:

Marcio Melo disse...

Caralho, sua primeira frase já me desanimou MUITO.

Não sou muito fã de musicais, acho que você já sabe disso, e saber que ele é praticamente 100% cantado me dá preguiça.

Tucha disse...

Também não sou muito fã dos musicais. Demorei de decidi ver e foi. É uma história clássica, um filme bem feito, mas não chegou a entusiasmar-me.