Tive a sorte mais uma vez de ver minha banda favorita ao vivo na cidade em que eu moro. O Smashing Pumpkins volta à cidade após 9 anos na turnê “The World Is a Vampire”. A grande diferença é na formação da banda. O grupo liderado por Billy Corgan tem a volta dos integrantes originais James Iha (guitarra) e Jimmy Chamberlin (bateria). Tivemos a saída de Jeff Schroeder, que tocou guitarra entre 2007 e 2023. Em seu lugar temos Kiki Wong, fazendo que o grupo agora conte com 3 guitarristas. Completa a banda o baixista Jack Bates. Infelizmente a backing vocal Katie Cole não veio para a turnê, pois por ser uma turnê menor pela América Latina o grupo decidiu viajar com uma equipe menor.
Por algum motivo esdrúxulo escolheram a banda Raimundos para abrir o show, talvez por serem de Brasília. Confesso que não tenho paciência para essa apresentação, pois Digão como vocalista, na minha opinião, é terrível. Então optei por não ver nada da apresentação deles.
Eis que na hora marcada, às 22 horas, o Smashing Pumpkins sobe ao palco do ginásio Nilson Nelson. E o local estava lotado, por volta de 6 mil pessoas estavam presentes. Foi bom ver a casa cheia, pois o show de 2015 teve um público bem pequeno. O show começou com "The Everlasting Gaze", uma ótima escolha por ser uma música bastante agitada. A presença de Iha e Chamberlin no grupo faz uma enorme diferença e é interessante observar a alegria deles junto com Corgan. Não era comum vê-los sorrindo durante uma apresentação ao vivo. E eles ficaram impressionados com a resposta do público, que estava muito ativo. Kiki Wong também tem seu espaço e seu estilo “metaleira” combina com a banda. A moça tem uma pegada muito boa na guitarra.
O repertório contou com músicas de praticamente todas as fases da banda, equilibrando bem os clássicos com canções mais novas. Do disco novo lançado em 2024 chamado “Aghori Mhori Mei” tivemos apenas “Sighommi”, uma música rápida e pesada que dita bem a sonoridade desse novo trabalho mais na pegada de rock de guitarras distorcidas, trazendo esse elemento de volta com mais predominância para o Smashing Pumpkins. O anterior, a ópera rock chamada ATUM, contou com 3 músicas, e algumas delas foram “prejudicadas” pela falta do backing vocal de Katie Cole, mas não chegou a comprometer o resultado.
Não entendi a escolha do cover de “Zoo Station” do U2, mas a versão dos Pumpkins ficou interessante. Esse momento contou com um solo de bateria de Jimmy Chamberlin que, apesar de eu não ser muito fã disso, foi especificamente muito bom, onde o músico pôde mostrar todo o seu talento. O cara é foda!
Outro momento de destaque foi quando eles tocaram “Ava Adore” e Billy Corgan ficou apenas nos vocais, aproveitando a liberdade sem guitarra para se movimentar um pouco mais pelo palco. É bem curioso ver ele bem à vontade no palco e extremamente feliz com a receptividade da plateia, cantando junto esse clássico da banda.
No mais a banda alternou entre momentos mais “lights” em canções como “Tonight, Tonight”, “1979” e “Disarm”, com outros mais pesados como “Cherub Rock” e “Zero”, que inclusive foram as duas últimas canções da apresentação. Foi difícil conter a emoção em “Mayonaise” e “Jellybelly”, sendo que nessa segunda eu pulei feliz da vida junto com outros fãs da canção. Uma surpresa foi “Perfect”, que não vinha sendo tocada ao vivo pela banda.
Bom, é difícil passar toda a emoção que senti ao ver mais uma vez ao vivo a minha banda favorita. Mas tentei passar aqui nesse texto alguns dos destaques da apresentação. Sem dúvidas é um show para ficar guardado na memória para o resto da vida. Espero conseguir ver o Smashing Pumpkins ao vivo ainda mais algumas vezes. Pela recepção que eles tiveram na América Latina nessa turnê, acredito que eles possam querer sim voltar a fazer shows por aqui.
Smashing Pumpkins
Dia: 01 de Novembro de 2024
Local: Ginásio Nilson Nelson - Brasília - DF
Repertório:
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