(Brasil , 2010)
Com: Caio Blat, Jonathan Haagensen, Silvio Guindane, Cassia Kiss, Ailton Graça, Cintia Rosa, Lidi Lisboa, Du Bronks e Eduardo Acaiabe
Direção: Jeferson De
Roteiro: Newton Cannito e Jeferson De
Duração: 93 minutos
Nota: 2 (regular)
O diretor estreando em longas metragens Jeferson De ganhou projeção com seus curtas e acabou conseguindo realizar seu primeiro filme chamado “Bróder”. Ele vem sendo comparado a Spike Lee, diretor americano, por ter feito um filme com temática negra.
A questão é que Lee foi pioneiro em seu país ao realizar um filme sobre negros, enquanto De ainda tem muito o que aprender. Primeiro que a história que ele conta se passa na favela, envolve o crime organizado, drogas coisa e tal, e aqui no Brasil já tivemos o melhor filme de todos os tempos sobre o assunto que é “Cidade de Deus”. Então fica difícil não fazer uma comparação.
Na trama temos como protagonista Macu, vivido por Caio Blat, um de 3 amigos que ainda mora na favela na casa da mãe e do padrasto. É seu aniversário e ele recebe a visita dos seus 2 melhores amigos de infância, sendo que um virou um astro do futebol. Macu vive o drama e as tentações de entrar para a vida do crime.
O elenco é bastante razoável e o único que entrega uma boa atuação é Blat. O resto ainda soa bastante amador, com a exceção das participações especiais de nomes como Cássia Kiss e Ailton Graça, conhecidos por seus trabalhos na televisão.
O filme tenta mostrar um pouco da idéia de ser inadequado a um determinado lugar, representado pelo personagem Macu. Daí o nome bróder, já que em São Paulo se usa a expressão mano. A premissa é boa, mas o resultado é apenas regular.
O roteiro e as atuações deixam um pouco a desejar. O desenrolar da trama não é muito interessante e bem construído, principalmente a sua conclusão. Mesmo assim o diretor mostra algum talento e pode ser um cara promissor, só precisa amadurecer um pouco mais. E também precisa não cair na armadilha que o próprio Spike Lee caiu que foi em fazer sempre os mesmos filmes sobre negros. Quando ele saiu dessa temática conseguiu fazer seus melhores trabalhos.
Tinha uma curiosidade mórbida em relação a este filme, mas, pelo que parece, não é mesmo nada demais.
ResponderExcluirDeixarei para lá, o tempo está cada vez mais escasso nos dias de hoje para perder com coisas "mais ou menos" não é?