Título Original: Rock of Ages (EUA , 2012)
Com: Tom
Cruise, Julianne Hough, Diego Boneta, Alec Baldwin, Russell Brand,
Catherine Zeta-Jones, Paul Giamatti, Malin Akerman, Bryan Cranston, Mary
J. Blige e Constantine Maroulis
Direção: Adam Shankman
Roteiro: Justin Theroux, Chris D'Arienzo e Allan Loeb
Duração: 123 minutos
Nota: 4 (ótimo)
“Rock
of Ages – O Filme”, baseado no musical de mesmo nome, não deve ser
levado a sério. O próprio espetáculo começou de uma ideia de resgatar a
nostalgia das músicas dos anos 80 sem se preocupar muito com uma
história a ser contada. Ao ser transportado para a Broadway ele precisou
ganhar uma história.
O diretor Adam Shankman foi a pessoa certa para
comandar essa adaptação para o cinema. Muitos elementos do seu filme
anterior “Hairspray” se parecem com esse novo trabalho: elenco com nomes
novos e veteranos, retratar uma época específica e um ator coadjuvante
que rouba a cena.
Sai John Travolta e entra Tom Cruise. Sem Tom o
filme não teria como dar certo. Seu personagem é Stacey Jaxx, um
roqueiro problemático que é uma mistura de Axl Rose e Bon Jovi. Ele é a
alma do filme e sem dúvidas é responsável pelos melhores momentos do
musical.
Infelizmente ele não é o personagem principal, que
ficou por conta do casal vivido pelos novatos no cinema Diego Boneta
(popstar latino do Rebeldes) e Julianne Hough (estrela da música
country). E ao abusar de clichês na construção de personagens sem força e
apelo que temos o principal defeito do filme. Dentre outros personagens
mais interessantes os mais sem graça acabam sendo as estrelas da trama.
Mas voltemos a parte musical, que é a mais
importante do filme. O estilo do musical é uma mistura de “Mouling
Rouge”, ao misturar clássicos da música pop (no caso o rock dos anos 80)
para ilustrar os momentos dos personagens, com uma roupagem musical
meio parecida com o seriado Glee. O resultado é muito bom! Fica até
difícil em alguns momentos não cair na tentação de cantar junto com os
personagens (a não ser que você tenha ido a uma sessão “Sing Along”, ou
Cante Junto em bom português, aí tava liberado).
O visual do filme também é bem interessante, afinal
de contas os exageros de visual, estilo e figurino são a grande marca
dos anos 80. O diretor consegue retratar o clima de sexo, drogas e
rock´n roll de maneira inteligente e sem apelações resultando em algo
que pode até ser exibido numa Sessão da Tarde sem problemas.
Como eu falei no início, o filme não deve ser levado
a sério. Ele não é muito fiel aos fatos da época. Na verdade é mais uma
bela homenagem e brincadeira com o gênero do que um retrato fiel do
mesmo. Uma fantasia bem divertida que irá agradar principalmente os fãs
da época, com ótimas canções e personagens bem legais, mesmo que a trama
do casal de protagonistas atrapalhe e comprometa um pouco o resultado
final.
A história do casalzinho pe realmente o ponto fraco do filme e precisa mesmo ser "ignorada" porque o que vale aqui são as canções, a nostalgia e a atuação de Tom Cruise.
ResponderExcluirMe diverti e pude cantar junto e bater no ritmo das musicas na minha perna pois na minha sessão só tinha eu e mais 5 pessoas.