Título Original: Gonzaga, de Pai para Filho (Brasil , 2012)
Com: Chambinho do Acordeon, Julio Andrade, Nanda Costa, Adélio Lima, Land Vieira, Alison Santos e Giancarlo Di Tommaso
Direção: Breno Silveira
Roteiro: Patrícia Andrade
Duração: 120 minutos
Nota: 3 (bom)
A
ideia do filme “Gonzaga, de Pai para Filho” é muito boa. Mostrar a
relação complicada entre 2 grandes figuras musicais da história do
Brasil: Luiz Gonzaga, o rei do baião, e seu filho Gonzaguinha. O
problema que é após o sucesso comercial de “2 filhos de Franciso”, outra
biografia musical, o diretor Breno Silveira parece tentar repetir a
fórmula de sucesso.
Na história começamos acompanhando Gonzaga e
Gonzaguinha em idade adulta tentando se entender. O filho tenta entender
os motivos do abandono do pai durante sua vida. Então o pai decide
contar sua história para o filho. Começa aí uma retrospectiva da vida de
Gonzaga pai, que acaba sendo o personagem principal da trama, enquanto o
filho é apenas um pequeno coadjuvante.
Aí já encontramos alguns problemas. A vida dos 2 é
muito rica para ser contada em apenas um filme. A ideia era justamente
focar nesse conflito entre os 2 e tentar explicar os problemas da
relação entre eles, mas ao deixar Gonzaguinha em segundo plano isso
acaba não funcionando da maneira que deveria. O drama deles é muito
forte e o filme não consegue captar esse sentimento corretamente. Tudo
acaba soando muito artificial.
A parte técnica é bem realizada com uma ótima
fotografia e recriação da época. As passagens mostrando algumas
apresentações de Gonzaga são bem interessantes. Mas a edição que fica
indo e voltando no tempo mostrando pai e filho tentando se entender
enquanto a história é contada não funciona muito bem. O roteiro também
não ajuda muito.
O elenco é formado em sua maioria por nomes
desconhecidos. Os 2 principais são interpretados por 3 atores diferentes
cada um, representando momentos diferentes de idade na vida deles. Os
que vivem Gonzaga parecem ter sido escolhidos mais pelo talento musical
do que de interpretação. Mas apesar de algumas limitações eles não
chegam a comprometer o filme.
O filme até tenta fugir da maioria dos clichês das
biografia musicais criados pelo cinema americano, mas não consegue criar
uma história realmente forte digna dos personagens mostrados na tela. O
resultado acaba sendo satisfatório, mas talvez mais pela incrível
história baseada em fatos reais do que por méritos do próprio filme.
Todo mundo tem dado respostas positivas para este filme, mesmo assim, não sei o porquê ainda não tive vontade de assistí-lo.
ResponderExcluirO gostei muito do filme mas concordo com o que Ramon falou, poderia ter sido melhor.
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