Dias: 5 e 6 de Abril
Local: Autódromo de Interlagos – São Paulo – SP
Fotos tiradas do site G1
O festival Lollapalooza chegou a sua 3ª edição no Brasil. Mudou de lugar saindo do Jockey Club e indo para o Autódromo de Interlagos, e voltou a ter 2 dias. O novo local era mais longe, mas em compensação era mais espaçoso. Além disso era possível assistir os shows mais de longe e sentado graças ao declive. Uma boa opção para quem queria descansar em algum show que não quisesse muito ver. O 1º dia foi mais cheio, logo os problemas foram maiores como filas e dificuldade de transitar entre os palcos em determinados horários, principalmente no final dos shows. E o principal problema que não é direto do festival que é o transporte público principalmente para voltar após o show. Em compensação o som dos palcos estava muito bom e graças a distância e localização o som de um não atrapalhou o outro. Então vamos a um breve relato das atrações que eu assisti.
1º dia
Julian Casablancas
O vocalista do Strokes trouxe uma banda chamada The Voidz como suporte e tocou músicas do seu 1º disco solo e de um novo trabalho que deve sair ainda esse ano. O som estava meio ruim e o público só agitou mesmo quando ele tocou coisas do Strokes tipo “Take It or Leave It“. Achei o show bem mais ou menos e não consigo entender muito essa carreira solo, apesar do disco ser até ok.
Phoenix
2ª vez que eu vejo a banda ao vivo. Na 1ª no Planeta Terra em 2010 reclamei que não tocaram uma de minhas músicas favoritas: “Too Young”. Dessa vez eles tocaram.Tudo bem que foi só um trecho emendando com “Girlfriend”, mas já valeu a pena. O repertório foi melhor por mesclar mais as músicas de todos os cds inclusive do 1º. No mais a banda continua muito bem ao vivo com destaque para o vocalista Thomas Mars que esbanja energia e simpatia, além de mais uma vez ter feito “surf” na platéia.
Nine Inch Nails
Uma de minhas bandas favoritas que voltou a ativa depois de 4 anos e que finalmente tive a chance de ver ao vivo. E apesar de não terem tocado muitas de minhas músicas favoritas ainda sim conseguiram fazer o melhor show do festival. O som estava excelente, as luzes davam um clima que as vezes era mais minimalista para depois virar uma explosão de luzes fortes. O vocalista e responsável pela banda Trent Reznor foge dos clichês e não tenta se comunica com a platéia e nem tenta ser um falso carismático. Ele concentra toda a sua energia nas músicas e o resultado é impressionante. O repertório tem apenas alguns hits fáceis, mas mesmo assim funciona muito bem. Destaques para "March of the Pigs" e "Head Like a Hole".
Muse
O show foi uma “bagunça”. Como o vocalista Matt Bellamy estava com problemas na garganta ele cantou no sacrifício. Apesar de não consegui cantar direito a banda é excelente, então compensaram com o instrumental. Então como não dava pra cantar algumas músicas então o repertório foi mais “caótico” com direito até a cover do Nirvana da música "Lithium" em homenagem aos 20 anos da morte de Kurt Cobain. No final das contas foi bem divertido apesar de não ter sido 100% e sem dúvidas melhor do que cancelar a apresentação.
2º dia
Soundgarden
Após vindas solos do vocalista Chris Cornell finalmente o Soundgarden se apresentou pela 1ª vez no Brasil. É uma de minhas bandas favoritas e foi quase um sonho finalmente conseguir vê-los ao vivo. O repertório foi praticamente só de hits.
A banda tinha acabado em 1998 e voltou em 2011 lançando um novo cd chamado “King Animal” em 2012. O principal problema da banda sair em turnê era o baterista Matt Cameron que após o fim da banda se juntou ao Pearl Jam. Nessa turnê atual ele acabou não fazendo parte por dar prioridade a outra banda, aí ficou mais fácil. Ele foi substituido por Matt Chamberlain.
O show foi muito bom, poderia ter sido um pouco maior, mas tocaram as principais músicas. Das 16 canções do repertório fica até difícil destacar só algumas. Obviamente que hits como “Black Hole Sun” foram cantadas em coro pelo grande público. Tocaram pelo menos uma do último cd: “Been Away Too Long”, que Cornell fez questão de pedir que todos ouvissem o cd não importa como (seja comprando, baixando ilegalmente, etc). Ele foi muito simpático, pediu desculpa pela demora em vir tocar no país e até fez um video e colocou no Youtube da platéia.
Arcade Fire
A banda ficou responsável por encerrar o festival no palco principal, mas o público não foi dos maiores. Eles ainda não são tão grandes aqui no Brasil. E talvez o som deles funcione num lugar menor. Ainda assim eles fizeram uma ótima performance. O show conta com um visual muito bem cuidado na cenografia e no figurino dando um aspecto meio teatral. Com vários integrantes o som ao vivo fica ainda mais grandioso. O repertório misturou bem os 4 discos da banda com ênfase no mais recente chamado “Reflektor”, mas a ordem deixou um pouco a desejar ao tocar logo as melhores músicas no início e dessa forma a apresentação perdeu um pouco de força na sua etapa final. E para agradar os fãs brasileiros cantaram até trechos de canções da MPB além do vocalista Win Butler falar um pouco de português.
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