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segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Palhaço

Título Original: O Palhaço (Brasil , 2011)
Com: Selton Mello, Paulo José, Larissa Manoela, Giselle Motta, Teuda Bara, Álamo Facó, Cadu Fávero, Erom Cordeiro, Hossen Minussi, Maíra Chasseraux, Thogun e Bruna Chiradia
Direção: Selton Mello
Roteiro: Selton Mello e Marcelo Vindicato
Duração: 88 minutos

Nota: 3 (bom)

Selton Mello ataca pela 2ª vez de diretor em “O Palhaço” (a 1ª vez até hoje não assisti: “Feliz Natal”). Ele que é um dos atores mais importantes do cinema nacional resolve se aventurar atrás das câmeras, também no roteiro, além de continuar como protagonista da história. Ele vive o palhaço do título.


Iremos acompanhar as aventuras da equipe do circo Esperança pelo interior do Brasil se apresentando em cidades pequenas e fazendo a alegria das pessoas. A atração principal é a dupla de palhaços Puro Sangue (Paulo José) e Pangaré (Mello), respectivamente pai e filho, sendo que o 1º também é dono do circo.

Benjamin, o verdadeiro nome do palhaço Pangaré, parece feliz quando está no picadeiro, mas fora dele algo parece o incomodar. Como coisas que ele precisa resolver como tirar o documento de identidade ou comprar um ventilador para um dos membros do circo. Esse último inclusive irá “atormentá-lo” em boa parte do filme. Ou seja, ele está em crise e na dúvida se essa vida de palhaço é realmente o que ele quer da vida.

A narrativa segue o gênero road movie ao acompanhar as viagens do circo enquanto acompanhamos a “tristeza” do personagem principal. O filme alterna momentos interessantes com participações especiais bem legais (melhor não falar para não estragar as “surpresas”) com outros em que nada parece acontecer.

Finalmente lá depois da metade do filme algo acontece e Benjamin resolve tomar uma atitude. Mas parece já ser tarde demais e rapidamente o conflito do personagem acaba sendo resolvido de maneira bastante fácil. Isso acaba prejudicando o filme.

Mesmo assim a história funciona e o retrato da vida circense na estrada é bem sensível e interessante. A fotografia e o elenco também ajudam bastante. Mello está bem como sempre e Paulo José mesmo com mal de Parkinson ainda consegue entregar uma boa atuação. E o restante da trupe do circo também é muito boa.
Confesso que não sou fã de palhaços, mas acabei me sensibilizando com a dupla de protagonistas. As figuras do circo são bem interessantes e o filme chama a atenção para a dura vida circense do qual inclusive o nosso deputado Tiririca (pior do que tá não fica) já chamou a atenção, mas ainda não conseguiu aprovar nada a respeito. 

O filme tentou a sorte no Oscar como indicado no Brasil, mas não teve sucesso. Talvez a academia não tenha se sensibilizado com os palhaços. Quem sabe na próxima né, já que brasileiro não desiste nunca.

3 comentários:

  1. Essa foi uma das melhores cabines de imprensa que fui, primeiro Selton Mello entrou na sala do UCI Paralela aqui em Salvador e disse que fez esse filme para tocar o coração das pessoas e, ao meu ver, conseguiu.

    Segundo e melhor, ao sair da sessão rolaram altos salgadinhos e Stellas Artois. Foi um sucesso hehehe

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. O filme não é incrível, mas consegue retratar uma arte quase em extinção, a dos circos. Emociona.

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