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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Porão do Rock 2014

Dias: 30 e 31 de Agosto de 2014
Local: Estacionamento estádio Mané Garrincha - Brasília - DF
Fotos tiradas do site do evento

O Porão do Rock chega a sua 17ª edição e essa é a 3ª vez que eu fui (estive em 2011 e 2012). A estrutura estava boa, o preço do ingresso baixo (20 Reais + 1 kg de alimento) e uma boa programação. Talvez sem grandes novidades, mas com bandas trazendo novos discos para mostrar. Abaixo um breve relato de alguns dos shows que eu assisti nos 2 dias do evento.

30/08 (sábado)

Ratos de Porão
Esse show foi muito bom. A banda está com um novo cd chamado “Século Sinistro” após 8 anos sem nada novo e a música “Conflito Violento” abriu o repertório. João Gordo precisa parar um pouco entre as músicas para ter fôlego, mas é preciso devido a seu estilo “raivoso” de cantar. E nesses intervalos ele aproveitava para falar um pouco, sempre com algum comentário como ironizar a construção do estádio Mané Garrincha. E ele fez questão de avisar que o repertório só ia ter clássicos e cumpriu com o prometido. Uma ótima seleção dos mais de 30 anos de banda. Sem dúvidas o melhor show da noite e talvez do festival.

Nação Zumbi
Eu parei de acompanhar a banda após a morte de Chico Science, mas voltei a ouvir agora em 2014 o novo cd da banda que é muito bom. A sonoridade está bem diferente e as letras também. Ao vivo o peso da guitarra continua o mesmo, mas o batuque do maracatu não está tão forte. Eles tem seguido uma linha mais melódica, que é interessante. O repertório contou com músicas desse novo disco e algumas mais antigas, mas os melhores momentos acabam sendo quanto tocam músicas de Chico. Os arranjos estão um pouco diferentes, mas as músicas continuam muito boas.

Pitty
Apesar do horário ainda consegui ver metade do show da cantora baiana Pitty. Foi bom vê-la voltar a fazer rock com seu novo disco chamado “SETEVIDAS” e como era grande o público interessado em conferir o seu show. O repertório misturou bem as músicas novas com as mais antigas. Pena que foi meio tarde, começou por volta de 1:20, e minha velhice não tenha permitido ver o show todo. Fui embora por volta da música 10 (de 16), por sinal uma das minhas favoritas: “Me Adora”.

31/08 (domingo)

Erika Martins
A cantora ex-Penélope lançou seu 2º e bastante elogiado disco chamado “Modinhas”. O repertório mesclou bem as músicas de seus 2 cds que mostram momentos bem distintos dela. O primeiro era mais agitado e pop enquanto o segundo é mais “maduro” e conceitual. Sua banda de apoio, se é que se pode chamar assim, é muito boa e conta com a ilustre presença de Fred (ex- Raimundos) na bateria. Erika estava bem feliz em cima do palco e apesar de estar num palco de festival parecia estar tocando num lugar pequeno apenas para os amigos demonstrando bastante carisma e simpatia. O show ainda contou a participação de Nevilton, que tinha tocado antes no festival, para tocar guitarra na faixa “Fundidos”.

CJ Ramone
O ex-baixista do Ramones poderia chegar e só tocar músicas de sua antiga banda, mas ele mostra suas próprias canções dos seus trabalho solo. São boas músicas, mas seguem bem a linha punk-rock tradicional. Os momentos de maior empolgação do público acaba sendo apenas quando ele toca músicas do Ramones. A escolha de músicas foi boa, mas senti falta de algumas que ele mesmo cantava na época da banda. Mas tudo bem, valeu a pena estar ali na presença de um ex-Ramones.

Titãs
Depois da turnê especial dos 30 anos do disco “Cabeça de Dinossauro” não imaginei que veria uma nova apresentação “rock” do Titãs. Mas eles surpreenderam em seu novo cd chamado “Nheengatu” que traz essa sonoridade de volta. E apesar de ser um show em festival, no qual as bandas geralmente tocam apenas hits, eles foram corajosos e tocaram umas 10 músicas desse novo trabalho. As 6 primeiras foram apenas canções novas e eles tocaram usando máscaras, uma “piada” interessante. Depois eles foram tocando clássicos da banda como “Polícia” e “Bichos Escrotos” seguindo a linha mais rock. Só senti falta de músicas do “Titanomanquia” (o melhor cd e mais rock deles). Vale citar a participação especial de Erika Martins na música “Flores” que foi bem legal e acabou sendo o momento mais “pop” do show.

Cavalera Conspiracy
Sou fã do Sepultura, mas nunca vi um show da banda com Max Cavalera. Após sua saída do grupo o mais próximo que irei conseguir disso é uma apresentação do Cavalera Conspiray. Iggor está na bateria, então é metade do Sepultura original. É bom ver os irmãos tocando juntos novamente. O repertório contou com músicas dos 2 cds da banda e 2 músicas novas do novo disco que deve ser lançado ainda esse ano que irá se chamar “Pandemonium”. Mas obviamente que os melhores momentos foram com as músicas do Sepultura. 

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