Título Original: Chappie (EUA, 2015)
Com: Sharlto Copley, Dev Patel, Hugh Jackman, Sigourney Weaver, Jose Pablo Cantillo, Yo-Landi Visser, Ninja
Direção e Roteiro: Neill Blomkamp
Duração: 120 minutos
Nota: 4 (ótimo)
O diretor Neill Blomkamp também escreve o roteiro de seus filmes e ele sempre tem boas ideias para eles. “Distrito 9” foi sensacional, mas em “Elysium” ele se perdeu um pouco. Em “Chappie” ele volta um pouco as “origens” e erra menos na condução da história e continua com uma premissa inicial muito boa.
Temos uma trama novamente na África do Sul. Logo no início temos uns depoimentos e notícias em telejornais para dar um tom “documental” parecido com “Distrito 9”, inclusive com um visual similar. O roteiro parece uma mistura de “Robocop” misturado com “Inteligência Artificial”.
Num futuro alternativo robôs estão substituindo os policiais no combate ao crime. O criador deles é um cientista chamado Deon (Dev Patel), que deixou Vincent (Hugh Jackman), outro funcionário da empresa de segurança com inveja já que seu projeto está perdendo espaço na visão da diretora da empresa (Sigourney Weaver). Pode imaginar que Vincent vai tentar de tudo para sabotar os robôes de Deon.
Deon tem outras ideias e consegue criar uma inteligência artificial. Sem ter onde testar e sem autorização resolve colocar o programa num dos robôs policiais. Assim surge Chappie, interpretado por captura de movimento por Sharlto Copley que sempre está presente nos filmes de Blomkamp. A situação complica porque o robô cai nas mãos dos criminosos Yo-Landi Visser e Ninja (curiosamente interpretados pelo casal de rappers de mesmo nome).
Chappie é como uma criança com seu programa de inteligência artificial que precisa de alguém para ensinar, só que sua capacidade de aprendizado é infinitamente mais rápida. Os criminosos querem usá-lo para o crime, mas Deon não. Aí começa a questão interessante do filme. A questão do aprendizado, do que é certo ou errado, Chappie é real ou não e coisas do tipo.
Sem dúvidas o filme não tem muita coisa de original, mas a mistura de vários elementos como dos já citados “Robocop” e “Inteligência Artificial”, transformam o personagem de Chappie em algo muito interessante por ser uma mistura de robô com criança e de como funciona o seu aprendizado e suas relação com os humanos. Somente o personagem já vale o filme. Os efeitos visuais ficaram impressionantes e em muitos momentos você esqueçe que ele é 100% digital por parecer tão real. O trabalho do ator Sharlto Copley ficou sensacional! Ele consegue criar momentos dramáticos muito interessantes.
A crítica detonou tanto o filme que já fui esperando o pior e acabei sendo de alguma forma surpreendido. A história tem problemas e em alguns momentos parece meio perdida. Mas a fábula do robô, que também tem um pouco de conto de fadas tipo “Pinóquio” (do boneco de maneira que queria ser uma criança de verdade), funciona muito bem graças ao incrível carisma do personagem título. Ele já vale o ingresso. E pelo menos aqui a história se perde menos do que no filme anterior de Blomkamp.
Talvez seja melhor para o diretor em seu próximo projeto se juntar com alguém para escrever o roteiro e quem sabe assim refinar melhor suas boas ideias e conseguir um resultado tão bom quanto “Distrito 9”. Teoricamente seu próximo projeto é um novo filme do “Alien”, vamos ver se dessa vez ele volta a acertar em cheio.
Talvez seja melhor para o diretor em seu próximo projeto se juntar com alguém para escrever o roteiro e quem sabe assim refinar melhor suas boas ideias e conseguir um resultado tão bom quanto “Distrito 9”. Teoricamente seu próximo projeto é um novo filme do “Alien”, vamos ver se dessa vez ele volta a acertar em cheio.
É realmente um pouco mais acertado do que Elysium, ainda assim o filme é cheio de equívocos e escolhas um pouco infelizes.
ResponderExcluirDe qualquer sorte (bonito escrever assim), no geral é um filme bem divertido.
Sua dica para ele arrumar um bom roteirista é bastante pertinente, ele deveria fazer isso.