O protagonista da história é Ian, o irmão mais novo da família Lightfoot, um jovem tímido e que tem dificuldade para fazer amigos no colégio. Ao completar 16 anos ele ganha da sua mãe um presente deixado pelo pai, que faleceu quando ele era muito pequeno. O presente é um cajado e uma nota com um feitiço que será capaz de trazer o pai de volta à vida por um dia. O problema é que os Lightfoot não conseguem colocar o feitiço em prática em sua totalidade, então apenas a metade inferior do corpo do pai reaparece. A partir daí, Ian junto com seu irmão mais velho Barley e o pai entram em uma jornada para colocar o feitiço por completo em prática.
A partir desse ponto acompanhamos a relação dos irmãos e é interessante notar como Barley é saudosista da época da magia. Ele sabe sobre feitiços e criaturas mágicas, então ele seria o ideal para colocar o feitiço em prática. No entanto, é Ian que tem o dom da magia e durante sua jornada terá que aprender a lidar com ela.
Após a introdução dos personagens e da história o filme se transforma em um road movie com os dois irmãos pegando a estrada em busca de pistas para resolver o problema do feitiço. Mas o mais interessante é como o roteiro segue o padrão de uma história de RPG, só que no mundo da animação a magia é inspirada na realidade. Nisso a animação faz uma alusão importante de como é necessário relembrar da nossa história e não se esquecer do passado. O simbolismo disso dentro da narrativa é muito bom, ainda mais que nos tempos atuais temos cada vez mais pessoas negando a ciência e a própria história, como no exemplo de gente que acredita que a terra é plana ou que não devem vacinar seus filhos.
É fascinante também ver a quantidade de criaturas diferentes que vivem em harmonia, fazendo uma alusão de que no mundo dos humanos também seria interessante que as raças conseguissem viver sem a presença do racismo. Isso funciona para passar uma mensagem positiva, principalmente para os mais novos, mas sem parecer didático.
Entretanto, apesar de todos esse pano de fundo interessante, é na parte do humor e aventura que “Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica” acerta em cheio. Além do ótimo roteiro, o elenco de vozes também é excelente. Tom Holland passa muito bem o medo e as inseguranças de Ian, mas quem rouba a cena é Chris Pratt como Barley. Ele transforma o irmão mais velho em uma figura divertida e cheia de energia com seu entusiasmo diante do mundo da magia. E a animação ainda encontra espaço para criar uma história paralela da relação da mãe Laurel, dublada muito bem por Julia Louis-Dreyfus, e a criatura Corey, interpretada de maneira bem engraçada por Octavia Spencer.
Ainda que não seja tão genial quanto outras animações da Pixar, “Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica” mantém o alto padrão de qualidade do estúdio provando que é capaz de apresentar histórias originais com muita criatividade.
Classificação:
Com: Tom Holland, Chris Pratt, Julia Louis-Dreyfus, Octavia Spencer e Mel Rodriguez
Direção: Dan Scanlon
Roteiro: Dan Scanlon, Jason Headley e Keith Bunin, história de Dan Scanlon, Keith Bunin e Jason Headley
Duração: 103 minutos
Wow the spanish name sounds so much better than in english lol.
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